Vendas de Páscoa crescem 8% em relação a 2021 em Porto Alegre

Vendas de Páscoa crescem 8% em relação a 2021 em Porto Alegre

Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a comparação com o ano passado é prejudicial, já que foi um período bastante afetado pela Covid-19

Christian Bueller

Vendas de Páscoa tiveram crescimento em 2022

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A Páscoa de 2022 foi a segunda após o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, mas a primeira depois que a maioria da população completou sua imunização. Ainda que mais de um milhão de pessoas tenha concluído seu esquema vacinal, as entidades representativas do comércio evitaram aprofundadas projeções sobre as vendas para a data este ano. Mas, uma retomada dos números pode será comemorada pelo setor. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o “coelhinho” deste ano foi mais generoso 8% em relação a 2021.

Segundo o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, a comparação entre os dois anos é prejudicial, pois 2021 foi marcado por um dos períodos mais afetados pela pandemia, mas a melhora nas vendas foi recebida com bons olhos. “A Páscoa não é só o chocolate, tem os pescados para Sexta-feira Santa, o churrasco do domingo. Foi uma data de muitos reencontros”, lembrou. Longo identificou um consumidor em 2021 com muita intenção de presentear, não só com os doces, o que diminuiu a comercialização dos tradicionais produtos de chocolate. “A indústria reduziu em 20% a entrega dos ovos. Mas esta Páscoa foi a da caixa de bombons e da confraternização”, acrescentou.

Apesar de não obter um percentual definido sobre as vendas para a Páscoa, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, tem a percepção de um crescimento em relação ao ano passado. “Com certeza, até maior do que esperávamos, ressaltando que 2020 e 2021 foram os anos de efeitos mais severos da pandemia”, pontuou. Piva lembrou que, por se tratar da “Páscoa do reencontro”, as compras não se resumiram aos chocolates. “Além de presentear outras pessoas, muita gente gastou consigo mesmo, vestindo uma melhor roupa para os almoços de família, por exemplos, investindo em perfumes, calçados e acessórios”, enfatizou.

Segundo a Pesquisa Boa Vista, a maior parte dos consumidores que foram às compras nesta Páscoa pretendia gastar mais que em 2021. Para 44% das pessoas, os gastos esse ano foram maiores que no ano anterior. Outros 34% mantiveram os gastos do ano passado, enquanto 22% vão gastar menos nessa Páscoa. Entretanto, apenas 34% dos consumidores disseram que fariam compras para a data comemorativa. Entre os 66% que evitaram o “coelhinho”, a maioria, 33%, citaram necessidade de priorizar o pagamento de contas do dia a dia. Já 17% disseram que não costumam fazer compras de Páscoa e outros 13% afirmaram que o aumento dos preços dos produtos – inflação – inviabilizou a intenção de desembolsar.


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