Vendaval destrói parte de grade de residência em Porto Alegre

Vendaval destrói parte de grade de residência em Porto Alegre

"Depois que aconteceu, não dormi mais à noite", diz moradora, que estava em casa no momento do incidente

Felipe Faleiro

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A chuva e o vento forte da noite de segunda-feira e madrugada desta terça causaram estragos em Porto Alegre. Na ocorrência mais grave, uma árvore caiu sobre o pátio de uma residência na avenida Rócio, bairro Vila João Pessoa, e galhos caíram na avenida Veiga, no Jardim Aparício Borges, distante menos de 50 metros da ocorrência anterior. Quatro semáforos também ficaram fora de operação, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Não houve pontos de alagamento.

A aposentada Tânia Santos, moradora do entorno da avenida Veiga, disse que a ocorrência foi no período da madrugada. “Estava dormindo e não vi nada, ouvi só o barulho das serras”, afirmou. Os maiores prejuízos mesmo foram para a moradora da casa danificada, a advogada Chrisley Siedekum de Oliveira. A moradia foi construída há cerca de oito anos, e ela vive no local com o filho há cinco. A árvore, porém, estava no local muito mais tempo, e tombou de encontro à grade que separa o terreno da calçada, destruindo parte dela.

“A princípio, não vi o que era. Foi meu filho adolescente que ouviu o barulho e me avisou, por volta das 23h. Uma hora e meia depois, os Bombeiros já estavam aqui. Já tinha aberto um chamado junto à Prefeitura para que fosse dado um jeito, porém nada foi feito”, disse. Há uma outra árvore, igualmente de grande porte, que ficou intacta, mas oferece maior risco ainda, já que ela está caindo na direção da casa. “Depois que tudo aconteceu, não dormi mais à noite. A gente fica toda nervosa quando isto acontece”.

A área em questão é cenário de diversos acidentes de trânsito, tanto que um guard-rail foi instalado no local, mas já antes do vendaval ele estava parcialmente torto e danificado. Diante do prejuízo, Chrisley conta que fez contato com o instalador da grade para restaurá-la, porém que aguardaria a retirada do restante da árvore para efetuar o conserto. Ela se disse preocupada com uma eventual fuga de sua cachorrinha pela área aberta pelo vegetal. “Se ela sair e a gente não ver, fica muito difícil recuperar”.

A advogada ainda afirmou que deverá contratar uma pessoa que realiza podas, para “dar um jeito” na árvore ainda em pé, mas que igualmente ameaça cair sobre a residência dela e do filho. É que o vegetal caído protegia a outra dos ventos mais fortes, e a queda desta danificou a raiz da segunda. Ou seja, o perigo ficou ainda maior. “Não me importo de pagar uma multa à Prefeitura depois. Só quero que a situação fique resolvida”, desabafou.


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