Vigilantes fazem protesto contra banco que retirou horário de almoço da jornada

Vigilantes fazem protesto contra banco que retirou horário de almoço da jornada

Trabalhadores prometem nova manifestação na manhã desta terça-feira

Cláudio Isaías

Vigilantes fizeram manifestação em frente a agências do banco no Centro de Porto Alegre

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Um grupo de aproximadamente 30 vigilantes realizou na manhã desta segunda-feira um protesto contra o banco Santander. Os manifestantes são contra a decisão da instituição financeira que retirou o intervalo de almoço dos vigilantes. O protesto foi feito na frente de três agências todas localizadas na rua Setembro, no Centro de Porto Alegre.

Uma maior concentração dos trabalhadores bloqueou a entrada da agência Centenária na rua Setembro com a Uruguai, também no Centro. Os trabalhadores liberaram a entrada dos clientes nas agências ao meio-dia. Aos clientes que chegavam ao banco, os vigilantes explicavam os motivos do protesto. Os manifestantes mostravam cartazes com as mensagens “Este banco não deixa o vigilante almoçar” e “Banco rico escraviza o vigilante”.

O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, disse que desde setembro a administração do banco determinou que os vigilantes terceirizados fizessem o seu intervalo de almoço às 9h, início do expediente de trabalho, ou a partir das 16h, final da jornada dos trabalhadores. “É um tratamento desrespeitoso e desumano com a categoria”, lamentou. Dias informou que a categoria pretende realizar manifestações até que a direção do Santander suspenda a decisão.

Conforme Dias, o banco Santander decidiu no mês de setembro como contenção de gastos adotar a medida. “Com a decisão, mais de 100 vigilantes terceirizados que faziam a rendição do almoço foram demitidos em Porto Alegre”, explicou. O presidente do Sindivigilantes do Sul afirmou que os trabalhadores precisam ter o seu intervalo para descansar e se alimentar. “Não existe de um vigilante almoçar às 9h ou às 16h. É inaceitável”, acrescentou.

Os vigilantes farão um novo protesto na manhã desta quarta-feira com o bloqueio de agências do Santander na Capital e na região Metropolitana de Porto Alegre. Dias afirmou que o sindicato não vai admitir medidas de escravidão contra os vigilantes.

O banco Santader foi procurado pela reportagem do Correio do Povo, mas até a publicação deste texto não havia divulgado uma nota oficial sobre o caso.

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