Voluntárias do Imama participam de passeio em apoio ao Outubro Rosa

Um grupo de 50 voluntárias do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), junto com familiares, realizou na manhã deste domingo um passeio no city tour Linha Turismo pelo Centro Histórico e seus arredores, em Porto Alegre. O convite partiu da Secretaria Municipal de Turismo em apoio à campanha do Outubro Rosa, que visa a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Além do momento de desconcentração no passeio especial, o grupo, com camisetas na cor de rosa, aproveitou para divulgar a iniciativa.

Já as mulheres que passearam no city tour normal da Linha Turismo, com duas opções de percurso, o ingresso teve desconto de 50% em seu valor como forma de comemoração do Outubro Rosa. O embarque e desembarque foi na Travessa do Carmo, no Cidade Baixa. A primeira vice-presidente do Imama, Liane de Araújo Oliveira, destacou que o convite foi especial. “É um carinho para quem trabalha o ano inteiro”, lembrou, acrescentando que o Outubro Rosa é um mês onde “se trabalha muito na mobilização relacionada ao diagnóstico precoce”. Além de um momento descontração, união e confraternização, ela observou que o passeio serviu para chamar a atenção da comunidade por onde passava o ônibus da Linha Turismo. “Foi um momento para festejar nossa vida”, afirmou.

De acordo com Liane de Araújo Oliveira, a chance de cura do câncer de mama chega a 95% quando diagnosticado precocemente. Desde a primeira consulta ao ginecologista, orientou, a mulher já deve fazer o exame clínico da mama e também a auto apalpação para identificar alguma alteração. Aos 35 anos, recomendou, deve-se fazer uma mamografia de base para futuras comparações e, a partir de 40 anos, uma mamografia anual. Na Capital, o exame após essa faixa etária é feito através do plano municipal da saúde, via SUS, graças à luta do Iama.

Em outros lugares, a idade mínima autorizada é depois dos 50 anos. Porto Alegre, alertou, é a primeira cidade em casos de morte por câncer de mama no Rio Grande do Sul, que por sua vez ocupa a primeira posição no ranking nacional da doença, com “mais de mil casos por ano”. No país são registrados mais de 57 mil novas ocorrências da doença por ano, com um índice de 56 casos para cada 100 mil mulheres.

No RS, porém, o número sobe para 87 e, em Porto Alegre, está em 126 mulheres para cada 100 mil. A primeira vice-presidente do Imama lamentou que não existam pesquisas científicas que apontem efetivamente as causas da grande incidência da enfermidade no RS, apesar de que fumo, obesidade e fator genético sejam alguns dos fatores envolvidos. Liane de Araújo Oliveira defendeu um modo de vida “com hábitos mais saudáveis’ para reduzir os riscos. “A mulher precisa conhecer o seu corpo”, resumiu.