Voluntários fazem limpeza no Rio dos Sinos

Cerca de 50 voluntários retiram lixo das margens e leito do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, na manhã deste sábado. Eles pretendem remover a maior quantidade de entulhos, como garrafas pet, sacolas plásticas e restos de móveis que são diariamente jogados no manancial pela população que mora à beira do rio. Conforme o fundador do Instituto Martim Pescador, Henrique da Costa Prieto, a intenção é conscientizar as pessoas para que um dia o rio não esteja mais poluído. "Nós estivemos no Tâmisa, na Europa, e eu fiquei 30 minutos esperando ver alguma coisa passar boiando. Até que vi uma garrafa térmica. Meu amigo, então, disse, que ela só podia ter sido jogada por um brasileiro", conta.

Todo o lixo será colocado no barco Martim Pescador e depois encaminhado à uma usina de reciclagem de São Leopoldo. Segundo Henrique Prieto, o maior problema, no entanto, é o lixo que não se vê, como os resíduos industriais. Para controlar a situação, em dois meses, serão instaladas dez sondas móveis que irão detectar, entre outras coisas, o momento exato em que são despejados metais pesados no rio.

Os dados serão recebidos pela Central de Monitoramento, instalada na sede do Comitê Pró-Sinos nessa quinta-feira. Ela já reúne dados atualizados da Companhia Municipal de Saneamento de Novo Hamburgo (Comusa), Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae) e Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que fazem medição de índices da qualidade da água.