Acordo histórico na África do Sul para indenizar trabalhadores com silicose

Acordo histórico na África do Sul para indenizar trabalhadores com silicose

Decisão foi resultado de uma ação coletiva dos mineiros

AFP

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Sete gigantes do setor de mineração na África do Sul assinaram nesta quinta-feira um acordo histórico de quase 5 bilhões de rands (395 milhões de dólares) para a indenização de dezenas de milhares de trabalhadores que contraíram silicose. O acordo, resultado de uma ação coletiva dos mineiros, foi assinado diante da imprensa em Johannesburgo após vários meses de negociações e entrará em vigor após a validação pela justiça sul-africana.

O ministro da Saúde, Aaroin Motsoaledi, celebrou o "acordo histórico, a ação coletiva mais importante da história do setor de mineração sul-africana". "O acordo oferece compensações significativas a todos os mineiros afetados", celebraram em um comunicado os trabalhadores. A quantia de 5 bilhões de rands corresponde a fundos reservados pelas empresas, African Rainbow Minerals, AngloAmerican, AngloGold Ashanti, Harmony Gold, Gold Fields e Sibanye Gold, para indenizar seus funcionários.

Em 2016, a Alta Corte de Johannesburgo autorizou centenas de milhares de trabalhadores das minas de ouro enfermos de silicose a apresentar uma demanda coletiva contra as empresas. Os demandantes afirmam que contraíram a doença depois que foram obrigados a trabalhar durante anos em condições consideradas perigosas. As empresas apelaram contra a decisão.

Chamada de "doença dos mineiros, silicose é uma enfermidade pulmonar incurável provocada pela inalação do pó de sílica. Os sintomas são uma tosse persistente e problemas respiratórios, que podem provocar uma tuberculose.

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