Agência da ONU demite funcionários supostamente envolvidos no ataque de 7 de outubro contra Israel

Agência da ONU demite funcionários supostamente envolvidos no ataque de 7 de outubro contra Israel

Autoridades israelenses denunciaram diversos funcionários da UNRWA

AFP

Estados Unidos anunciaram a suspensão do financiamento à Agência para Refugiados Palestinos

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A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou, nesta sexta-feira (26), que demitiu "vários" funcionários acusados por Israel de estarem envolvidos na incursão mortal lançada em 7 de outubro por comandos islamistas no sul de Israel. "As autoridades israelenses comunicaram à UNRWA informações sobre o envolvimento de vários dos seus funcionários" naquela operação de comando, disse o chefe da agência da ONU, Philippe Lazzarini, em comunicado.

"Decidi rescindir os contratos destes funcionários com efeito imediato e iniciar uma investigação para apurar a verdade sem demora", acrescentou. "Qualquer funcionário que tenha estado envolvido em atos de terrorismo terá de prestar contas, inclusive mediante ações legais", acrescentou.

Os Estados Unidos anunciaram, por sua vez, a suspensão do financiamento à UNRWA, "enquanto examinam essas acusações, e as medidas que as Nações Unidas tomam para enfrentá-las". O Departamento de Estado dos EUA disse estar "extremamente preocupado" com as suspeitas em relação à agência.

A UNRWA reiterou sua "condenação nos termos mais fortes" dos ataques de 7 de outubro e pediu a libertação "imediata e sem condições" dos reféns detidos em Gaza. A agência ressaltou que "mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da ajuda vital que a agência forneceu desde que a guerra começou".

A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu após a incursão de comandos islamistas ao sul de Israel, que resultou na morte de cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de quase 250, segundo um relatório da AFP realizado com base em dados oficiais israelenses. Segundo Israel, 104 permanecem em cativeiro, e 28 morreram.

As ações de represália de Israel, com bombardeamentos incessantes e ações terrestres em Gaza, deixaram até agora pelo menos 26.083 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o pequeno território palestino.

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