Alemanha tem protestos contra restrições apesar do risco de 3ª onda de contaminações

Alemanha tem protestos contra restrições apesar do risco de 3ª onda de contaminações

Maioria dos manifestantes não usava máscaras e não respeitou o distanciamento social

AFP

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Várias manifestações contra as restrições anticovid reuniram milhares de pessoas em várias cidades alemãs neste sábado (13), apesar do risco de uma terceira onda de contaminações alertada pelas autoridades de saúde.

Em Munique, a polícia disse ter interrompido uma manifestação de milhares de pessoas nos arredores do Parlamento bávaro. Cerca de 2.000 pessoas, segundo a polícia, também se manifestaram em Düsseldorf (oeste), onde um desfile de cem caravanas cruzou a cidade para protestar contra as medidas restritivas para combatar a propagação do vírus.

Em Dresden, Saxônia, centenas de pessoas, incluindo ativistas de extrema direita e antivacinas, se manifestaram perto do Parlamento estadual, de acordo com a polícia local. A manifestação foi proibida pelas autoridades locais, uma decisão confirmada pelo tribunal administrativo na noite de sexta-feira.

A maioria dos manifestantes não usava máscaras e não respeitou o distanciamento social, revelou a polícia de Dresden, uma ex-cidade onde o movimento contra o uso de máscara é particularmente forte.

A polícia tentava dispersar a multidão no final da tarde deste sábado. Pequenos confrontos eclodiram entre os manifestantes e a polícia, de acordo com as autoridades. Canhões de água foram colocados perto de um centro de vacinação no centro da cidade.

Para o fim de semana também foram planejados comícios em outras cidades alemãs, como Kiel, Hannover e Magdeburg. As manifestações acontecem no momento em que as autoridades de saúde alemãs alertam sobre uma terceira onda de infecções relacionadas à disseminação da variante britânica do coronavírus.

No entanto, as restrições permanecem fortes na Alemanha, com bares, restaurantes, espaços culturais e esportivos e lojas consideradas não essenciais fechados por meses. A chanceler alemã, Angela Merkel, e os líderes dos 16 estados regionais devem revisar a situação e negociar novas medidas em 22 de março.


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