Ameaças da Al-Qaeda deixam Interpol, EUA e Europa em alerta

Ameaças da Al-Qaeda deixam Interpol, EUA e Europa em alerta

Países como França, Alemanha e Reino Unido fecharam embaixadas nos países muçulmanos

AFP

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A Interpol, os Estados Unidos e a Europa estão em alerta em função de ameaças da Al-Qaeda. Os americanos fecharam as embaixadas nos países muçulmanos, Paris, Berlim e Londres seguiram o exemplo e fizeram a mesma coisa no Iêmen, ante o temor de serem alvos de atentados por parte da rede terrorista.

Pouco depois dos Estados Unidos, a Interpol emitiu um alerta global de segurança, assinalando que suspeita que a Al-Qaeda está envolvida na fuga de centenas de terroristas, principalmente no Iraque, Líbia e Paquistão. A organização policial internacional, com sede em Lyon, no centro-leste da França, pediu maior vigilância a todos os países membros.

A Interpol decidiu lançar o alerta "depois de uma série de fugas de prisão em nove países membros, entre eles o Iraque, a Líbia e o Paquistão", anunciou nesse sábado em um comunicado oficial. "Ao suspeitar do envolvimento da Al-Qaeda em várias fugas de centenas de terroristas e criminosos, o alerta da Interpol solicita a colaboração de seus 190 países membros para determinar se esses recentes acontecimentos estão coordenados ou relacionados", acrescentou a organização.

A Interpol pediu, desta forma, que seus membros "alertem ao país interessado se um terrorista foragido for localizado, o que evitaria um novo ataque terrorista". A organização policial recordou que o mês de agosto é uma data de aniversário ligada a vários ataques terroristas violentos na Índia, Rússia e Indonésia. "Esta semana marca também o 15º aniversário dos atentados contra a embaixadas dos Estados Unidos em Nairóbi, Quênia, e em Dar es Salam, Tanzânia, nos quais morreram 200 pessoas, em sua maioria africanos, e outras 4 mil ficaram feridas, recordou a Interpol.

Em 7 de agosto de 1998, em Nairóbi e em Dar es Salam, ocorreram dois atentados com dez minutos de intervalo contra interesses americanos. Uma ameaça, ao menos, é concreta: em uma gravação de áudio postada em fóruns jihadistas, o chefe da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri, acusa os Estados Unidos de ter "conspirado" com o exército egípcio e a minoria cristã copta para fazer destituir o presidente islamita egípcio Mohamed Mursi há um mês.

Os Estados Unidos emitiram ainda na sexta-feira um alerta mundial para advertir que a rede Al-Qaeda poderá lançar algum ataque no Oriente Médio ou norte da África durante o mês de agosto. O Departamento de Estado divulgou sua advertência para que os cidadãos americanos no exterior um dia depois de anunciar que ao menos 22 de suas embaixadas e consulados não abrirá neste domingo por razões de segurança.

Segundo o departamento de Estado, os ataques poderão acontecer "particularmente no Oriente Médio ou no norte da África", apesar de também poderem acontecer na Península Arábica. Diante desses alertas, países europeus decidiram tomar medidas preventivas.

A França anunciou nesse sábado o fechamento de sua embaixada no Iêmen no domingo e na segunda-feira. "No nosso monitoramento permanente (de riscos), nós temos informações de ameaças suficientemente graves para que nós fechemos nossa embaixada domingo e segunda-feira", explicou, em nota oficial, o Ministério francês das Relações Exteriores. "Fomos informados direta e indiretamente de ameaças contra nossas representações no exterior (...) por parte da Al-Qaeda", declarou o presidente francês François Hollande também em um comunicado.

De acordo com a chancelaria, Paris estenderá o fechamento da embaixada caso as ameaças prossigam. Existem cerca de 600 franceses no Iêmen, dos quais 30 trabalham na embaixada. O governo do Reino Unido já havia anunciado na sexta que também fecharia sua embaixada no Iêmen em 4 e 5 de agosto e antecipou que já retirou uma parte do pessoal da capital Sanaa por razões de segurança.

Da mesma forma, a Alemanha decidiu fechar sua embaixada no Iêmen durante domingo e segunda-feira, segundo um porta-voz do ministério das Relações Exteriores. O Canadá igualmente anunciou sua decisão de fechar preventivamente sua representação diplomática em Daca, Bangladesh.

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