Americanos não querem remoção de estátuas confederadas, mostra pesquisa

Americanos não querem remoção de estátuas confederadas, mostra pesquisa

"Apenas 27% acham que devem ser retiradas", afirma a enquete

AFP

"Apenas 27% acham que devem ser retiradas", afirma a enquete

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Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostra que a maioria dos americanos é favorável à manutenção das estátuas dos personagens da Guerra Civil associadas à defesa da escravidão. Dias depois dos violentos confrontos entre grupos contrários à retirada da estátua do general confederado Robert E. Lee e militantes antirracismo em Charlottesville, Virgínia, a pesquisa NPR/PBS NewsHour/Marist mostra que 62% dos americanos acreditam que as estátuas devem permanecer como símbolos históricos.

"Apenas 27% acham que devem ser retiradas", afirma a enquete. E o mais surpreendente, 44% dos afro-americanos concordam que as estátuas devem permanecer onde estão, contra 40% que afirmam o contrário. Entre os republicanos, a grande maioria votou a favor da manutenção das estátuas, contra apenas 6% contrários a elas. Os democratas se mostraram mais divididos: 47% são a favor da remoção, 44% preferem que fiquem onde estão pelo bem da história. Isso corrobora a opinião do presidente Donald Trump, que declarou no Twitter que é "triste ver a história e a cultura de nosso grande país sendo destruídas pela remoção das nossas belas estátuas e monumentos".

Localizadas principalmente nas cidades do sul dos Estados Unidos, existem cerca de 1.500 símbolos dos confederados pró-escravidão, que lutaram e perderam a guerra de 1861-65. Na Guerra Civil americana morreram cerca de 750.000 pessoas, um pouco mais de 2% da população na época. Muitos monumentos, assim como nomes de estradas, escolas e prédios públicos, homenageiam Lee, o líder das forças confederadas.

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