Anac suspende uso no País de modelo da Boeing que teve porta arrancada

Anac suspende uso no País de modelo da Boeing que teve porta arrancada

Em função da medida, voos foram cancelados em São Paulo e no Rio de Janeiro

Estadão Conteúdo

Aeronave perdeu parte da fuselagem em pleno voo no sábado, nos EUA

publicidade

O incidente com um jato Boeing 737 Max-9 da Alaska Airlines, no sábado, 6, que perdeu uma parte da fuselagem em pleno voo e forçou o piloto a realizar um pouso de emergência, em Portland, no Oregon, levou a Administração Federal de Aviação (FAA), agência regulatória de aviação americana, a suspender os voos de todas as aeronaves desse modelo nos Estados Unidos.

A medida também atingiu o Brasil, onde a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), seguindo a decisão da FAA, ordenou a suspensão das operações com esses modelos. No País, apenas a Copa Airlines voa com os Boeing 737 Max-9 em suas rotas para o Panamá, com voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro. O site da Copa Airlines informava neste domingo, 7, por volta das 12h15, que em São Paulo, dos cinco voos previstos para o domingo, três haviam sido cancelados.

No Rio de Janeiro, dos dois programados, um partiu com atraso de quase oito horas e o outro voo foi cancelado. Em nota divulgada no sábado, a companhia aérea informou que "suspendeu temporariamente as operações de 21 aeronaves 737 Max-9, até que sejam submetidas à revisão técnica necessária". A empresa também disse já ter iniciado as inspeções técnicas e que espera que as aeronaves retornem "à programação de voos de forma segura e confiável nas próximas 24 horas".

"A equipe da companhia aérea está trabalhando para minimizar o impacto para seus passageiros, embora alguns atrasos e cancelamentos sejam esperados devido a essa situação fora do controle da empresa", afirmou a companhia.

Acomodação ou reembolso

A Anac informou ontem que "acompanha o atendimento aos passageiros da Copa Airlines" no Brasil. De acordo com a agência, as regras em vigor no País determinam que o cancelamento programado de voos precisa ser informado com, no mínimo, 72 horas de antecedência. "O transportador deve oferecer alternativas de reacomodação ou reembolso integral se o cancelamento for informado em prazo inferior a 72 horas", explicou a agência.

Segundo a Anac, ainda, em situações de cancelamento, o passageiro tem direito de escolher entre reacomodação (em outro voo) ou reembolso integral. Em nota, também, o Procon de São Paulo informou que irá notificar todas as companhias aéreas "para orientar e atender os consumidores eventualmente prejudicados com atrasos ou cancelamentos de voos."

Segundo a FAA, a agência americana de aviação, as inspeções nos modelos da Boeing demoram de quatro a oito horas por aeronave e a decisão afeta cerca de 171 aviões em operação em todo o mundo. A família de jatos 737 Max tem apresentado problemas sérios desde 2018, quando dois aviões caíram, matando 346 pessoas, e seus voos ficaram suspensos por 20 meses.

Não houve feridos no "incidente" de sexta-feira, mas passageiros do voo da Alaska Airlines descreveram uma "experiência angustiante" durante os 15 minutos que o avião levou para retornar ao aeroporto.

Veja Também


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895