Andrew Cuomo renuncia ao governo de Nova York em meio a denúncias de assédio sexual

Andrew Cuomo renuncia ao governo de Nova York em meio a denúncias de assédio sexual

Político do partido democrata foi acusado de assédio sexual contra funcionárias e ex-funcionárias

R7 e AE

Político do partido democrata foi acusado de assédio sexual contra funcionárias e ex-funcionárias

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O governador de Nova York, Andrew Cuomo, renunciou ao cargo nesta terça-feira após acusações de assédio sexual. A procuradora-geral do estado, Letitia James, divulgou no último dia 3 um relatório que revelava 11 casos de assédio contra funcionárias e ex-funcionárias do político democrata.

"Acho que, dadas as circunstâncias, a melhor forma de ajudar agora é me afastar e deixa o governo lidar com o governo", disse Cuomo em um discurso ao vivo.

Segundo informações publicadas pelo jornal New York Times, Cuomo será substituído pela vice-governadora, Kathy Hochul. O processo de transição de poder deve durar 14 dias. Será a primeira vez que o estado de Nova York terá uma mulher no cargo de governador.

O relatório de 165 páginas também descobriu que Cuomo e seus assessores "retaliaram ilegalmente" pelo menos uma das mulheres por tornar suas denúncias públicas e "promover um ambiente de trabalho tóxico".

O relatório pressionou Cuomo a renunciar, levando a novos apelos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um amigo de longa data do governador, e de outros líderes democratas que não haviam se manifestado até que as conclusões do relatório se tornassem públicas, deixando Cuomo com poucos defensores.

Foi uma reviravolta na carreira política de Cuomo, que há cerca de um ano estava sendo saudado como um herói nacional por sua liderança em meio à pandemia de coronavírus.

As consequências do relatório deixaram o governador de NY cada vez mais isolado: sua assessora, Melissa DeRosa, renunciou após concluir que o governador não tinha como permanecer no cargo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o caso relatou ao The New York Times.

No final, Cuomo seguiu o conselho que seus principais aliados vinham oferecendo: deixe o cargo voluntariamente. Cuomo renunciou ao enfrentar o espectro da destituição forçada do cargo por meio de um impeachment e estava prestes a se tornar apenas o segundo governador a sofrer impeachment na história do Estado.

Após a divulgação do relatório, os líderes da Assembleia Estadual, que é controlada por democratas, começaram a redigir artigos de impeachment e pareceram ter apoio suficiente para conseguir retirar Cuomo do cargo.


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