Anistia denuncia aumento da repressão em Cuba antes de reunião de chefes

Anistia denuncia aumento da repressão em Cuba antes de reunião de chefes

Organização de defesa dos direitos humanos afirmou que dissidentes foram detidos ou proibidos de irem a Havana

AFP

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A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) denunciou nesta terça-feira a detenção arbitrária de dezenas de opositores em Cuba às vésperas de uma cúpula latino-americana e pediu o fim da repressão no país. "A atitude das autoridades cubanas é um ataque ultrajante às liberdades de expressão e de reunião que não deveria passar inadvertida aos muitos líderes que nestes dias se encontram em Havana", disse Javier Zúñiga, da AI, em um comunicado divulgado em Londres.

"É uma tentativa vã de silenciar aqueles que denunciam a violação sistemática dos direitos de opinião, reunião e manifestação em Cuba", acrescentou Zúñiga. Nesta terça e quarta-feira será realizada em Havana uma cúpula de chefes de Estado e de governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Segundo a AI, dezenas de dissidentes foram detidos no último fim de semana em várias localidades de Cuba ou foram avisados para não se dirigirem à capital. Citando a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, a AI fala de 43 pessoas detidas por breves períodos de tempo entre os dias 23 e 26 de janeiro. Outras cinco foram colocadas em prisão domiciliar e 18 foram alertadas para não viajar a Havana.

Os chefes de Estado e "o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, não devem ignorar o fato de que, enquanto eles seguem chegando a Havana para participar da cúpula, ativistas cubanos e cubanas estão reprimidos por seu governo", manifestou Zúñiga.

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