Após críticas, Trump diz que assinará documento para que famílias permaneçam juntas
Em cinco dias, 2.342 crianças e jovens migrantes foram separados de seus pais
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“Queremos manter as famílias unidas, é muito importante. Eu assinarei um documento daqui a pouco que vai fazer isso", afirmou o presidente. Ele disse ainda que "ao mesmo tempo que precisamos ser fortes na fronteira, queremos ser muito compassivos".
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A política "tolerância zero" foi anunciada pelo governo americano no ínico de maio. E entre os dias 5 e 9, 2.342 crianças e jovens migrantes foram separados de suas famílias, segundo dados oficiais. O caso é resultado direto da decisão da Casa Branca de processar 100% das pessoas que cruzam suas fronteiras com o México sem documentos, sejam elas acompanhadas ou não de crianças.
Até agora, ainda que a lei fosse a mesma, as autoridades muitas vezes optavam por não deter as famílias para evitar essa situação, uma vez que as crianças não podem ser encarceradas e, portanto, devem ser realocadas.
Esta nova política é "digna de tortura", segundo a ONG Anistia Internacional, "inadmissível" para a ONU, e também denunciada por líderes religiosos americanos influentes entre o eleitorado republicano.
Donald Trump usou a crise migratória na Europa para convencer os americanos dos benefícios de sua firmeza. "É ainda pior em outros países", disse ele nesta terça-feira. A Europa e os Estados Unidos não têm o mesmo "modelo de civilização", reagiu nesta terça o porta-voz do governo francês, Benjamin Griveaux, denunciando as imagens "chocantes" de crianças separadas.