Argélia confirma morte de 12 reféns em operação contra terroristas
EUA se negam a negociar libertação de americanos nas mãos de grupo ligado a Al-Qaeda
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As forças especiais argelinas libertaram cerca de 100 reféns estrangeiros que vinham sendo mantidos em poder dos islamitas. Frente às críticas feitas por vários países, inclusive com o Japão pedindo o fim da ação, o governo garantiu que a operação, realizada em condições "extremamente complexas" tinha evitado um "verdadeiro desastre". Comunicado enfatizou que os terroistas estavam munido de um verdadeiro arsenal de guerra composto por mísseis, lança-foguetes, granadas, metralhadoras e fuzis de assalto.
O governo dos Estados Unidos se manifestou, nesta sexta-feira, sobre a proposta da facção ligada ao Al-Qaeda para os reféns americanos. A porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland, negou qualquer possibilidade de trocar civis do seu país por islamistas presos em Guantánamo e outras cadeias para detidos internacionais. "Os Estados Unidos não negociam com terroristas", resumiu.
A agência de notícias mauritana ANI informou que o líder jihadista Mojtar Belmojtar propôs a troca de reféns por islamitas acusados de terrorismo presos nos Estados Unidos, entre eles o egípcio Omar Abdel Rahman e a cientista paquistanesa Aafia Sidiqui.
Omar Abdel-Rahman (o xeque cego) foi condenado à prisão perpétua em 1995 por planejar ataques contra nova-iorquinos e tentar matar o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. Aafia Siddiqui é uma cientista paquistanesa presa nos Estados Unidos por ter tentado atacar soldados americanos em 2008 no Afeganistão, enquanto era detida por suas supostas ligações com a Al-Qaeda.