Assassino em série é encontrado morto na França 35 anos após os crimes

Assassino em série é encontrado morto na França 35 anos após os crimes

François V., de 59 anos, era o estuprador e assassino em série procurado desde os anos 1980

AFP

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A polícia resolveu um dos casos abertos mais antigos na França: o do estupro e assassinato de uma menina em Paris, ao identificar seu autor 35 anos depois: um ex-gendarme que se suicidou nesta semana. Na quinta-feira à noite (30), o Ministério Público de Paris confirmou que François V., de 59 anos, era o estuprador e assassino em série procurado desde os anos 1980 e cujo corpo foi encontrado em Grau-du-Roi, perto de Montpellier (sul).

O homem apelidado de "Picado", depois que o retrato-robô da época mostrou um jovem com marcas de acne, era suspeito de "cinco crimes cometidos entre 1986 e 1994". Ele era acusado do assassinato e estupro de Cécile, de 11 anos, no estacionamento subterrâneo do prédio em que a menina vivia no nordeste de Paris em maio de 1986, um dos casos abertos mais antigos.

François V. também é acusado do estrangulamento de um casal no bairro parisiense do Marais em 1987, assim como do assassinato de Karine Leroy, de 19 anos, em 1994, segundo o jornal Le Parisien. O homem se suicidou quando os investigadores apertaram o cerco sobre ele. O juiz de instrução convocou nos últimos meses 750 gendarmes que trabalhavam na região de Paris no momento dos fatos.

Segundo o Ministério Público, François V. estava na lista e havia sido convocado para uma audiência, mas sua esposa declarou seu desaparecimento em 27 de setembro e seu corpo foi encontrado dois dias depois em Grau-du Roi. Os exames realizados revelaram que seu DNA coincide com o encontrado em várias cenas do crime, acrescenta a procuradora de Paris, Laure Beccuau.

O homem, que abandonou a gendarmaria em 1988 para se tornar policial, teria deixado uma carta confessando os crimes. Segundo vários jornais, este pai de família reconheceu que se sentia perseguido pela polícia e menciona seus "impulsos passados", mas afirma não ter "feito nada desde 1997". Não cita nem as vítimas nem as circunstâncias.

O advogado da família da menina assassinada, Didier Seban, expressou à AFP o "reconhecimento" da família aos investigadores e a "pena de saber que o criminoso partiu com seus segredos".


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