AstraZeneca retoma testes da vacina de Covid-19 no Japão, mas não nos Estados Unidos

AstraZeneca retoma testes da vacina de Covid-19 no Japão, mas não nos Estados Unidos

FDA decidiu investigar mais profundamente incidente com um participante, que provocou uma breve interrupção do processo

AFP

AstraZeneca retoma testes da vacina de Covid-19 no Japão, mas não nos Estados Unidos

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Os testes clínicos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford foram retomados no Japão, mas ainda não nos Estados Unidos, onde o grupo farmacêutico anunciou que está colaborando com as autoridades. De acordo com o jornal Financial Times, a agência que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, a FDA, decidiu investigar de maneira mais profunda o grave incidente sofrido por um participante nos testes, que provocou há algumas semanas uma breve interrupção do processo em todo o mundo.

"O teste clínico de fase I/II da vacina Covid-19 AZD1222 foi retomado no Japão após as reuniões com a Agência de Medicamentos do Japão", anunciou a AstraZeneca em um comunicado. A nota acrescenta que o laboratório continua "trabalhando com a FDA para facilitar o exame das informações necessárias para tomar uma decisão sobre a retomada dos testes nos Estados Unidos".

Procurados pela AFP em Londres, representantes do grupo britânico não responderam até o momento ao pedido de comentários. A vacina Oxford-AstraZeneca, um dos projetos mais avançados e que desperta grandes expectativas, viu os testes clínicos interrompidos em 6 de setembro devido à doença "inexplicável" de um participante. Um comitê independente analisou o caso e determinou que não era um efeito colateral da vacina.

"As recomendações foram aceitas pelas agências reguladoras do Reino Unido, Brasil, África do Sul, Índia e agora Japão, que acreditam que os testes são seguros e podem ser retomados", afirmou o grupo em um comunicado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 35 "vacinas candidatas" atualmente em testes clínicos com humanos em todo o mundo. Nove já estão na etapa final ou a ponto de entrar na mesma.

A Agência Europeia de Medicamentos (AEM) acredita que pode demorar "ao menos até o início de 2021 para que uma vacina contra a Covid-19 esteja pronta para a aprovação e disponível em quantidades suficientes" para seu uso em todo o mundo.


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