Ataque a ônibus com crianças deixa mais de 30 pessoas mortas no Iêmen
Segundo a rede de informações locais, 51 pessoas ficaram feridas
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A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Iêmen, Meritxell Relano, disse estar "preocupada com as primeira informações sobre crianças mortas em Saada". "Nossas equipes estão verificando o número de pessoas mortas e de feridos. Crianças não devem ser tomadas como alvo", frisou, no Twitter. A televisão Al-Masirah dos rebeldes huthis, que controlam a zona onde houve o ataque, afirmou que 39 pessoas morreram, e 51 ficaram feridas - "em sua maioria crianças".
• Três civis mortos por um disparo de rebeldes huthis na Arábia Saudita
Segundo a emissora, foi um ataque aéreo da coalizão sob comando da Arábia Saudita, a qual intervém no Iêmen em apoio às forças do governo reconhecido internacionalmente. O porta-voz da coalizão não comentou o episódio.
Na última quinta-feira, pelo menos 55 civis morreram, e 170 ficaram feridos em ataques em Hodeida (oeste), segundo o CICR. A cidade estratégica de Hodeida está controlada pelos huthis, que também responsabilizaram a coalizão pela ofensiva. A coalizão negou e atribuiu sua autoria aos rebeldes. A coalizão foi, diversas vezes, acusada de erros que custaram a vida de centenas de civis.
Embora tenha admitido sua responsabilidade em alguns ataques, em geral acusa os huthis de se misturarem com os civis, ou de usá-los como escudos humanos. A guerra no Iêmen deixou mais de 10 mil mortos desde a intervenção da coalizão em março de 2015 e deflagrou a "pior crise humanitária" do mundo, segundo a ONU.