Atentados de Paris e Bruxelas podem ter sido operação única do EI Bruxelas
Procurador comentou avanços da investigação realizada em grande parte na Bélgica
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"Nos damos conta de que efetivamente (a célula extremista desmantelada na cidade belga de) Verviers, (o trem) Thalys, o 13 de novembro (em Paris), os atentados de 22 de março fazem parte de uma extensa e talvez única operação do Daesh", disse o magistrado, referindo-se ao EI por seu acrônimo em árabe.
Em Verviers, uma localidade próxima a Liège, uma operação policial permitiu em 15 de janeiro de 2015 desmantelar uma célula extremista a ponto de cometer um atentado contra policiais. A investigação revelou que a célula era dirigida à distância por um belga de origem marroquina, Adbelhamid Abaaoud, ex-combatente do EI na Síria e homem-chave dos atentados de novembro em Paris, que morreu cinco dias depois desses ataques em uma operação policial nos arredores da capital francesa.
Abaaoud também teve um papel importante na organização do atentado fracassado do Thalys Amsterdã-Paris, em 21 de agosto de 2015. Segundo Van Leeuw, a passagem do tempo "complica as coisas" para os investigadores. "Por exemplo, em relação à telefonia, há dados que já não temos acesso", explicou.
As pesquisas sobre os ataques de 13 de novembro mostraram que os atentados de Paris foram organizados principalmente da Bélgica por homens da rede de Abaaoud, que seguiram ordens do alto comando do grupo EI. Outros membros da mesma célula extremista franco-belga perpetraram os ataques de 22 de março de 2016, que deixaram 32 mortos em Bruxelas.