Autor do ataque em Nova Iorque deixou bilhete expressando lealdade ao EI

Autor do ataque em Nova Iorque deixou bilhete expressando lealdade ao EI

Governador Andrew Cuomo confirmou radicalização de suspeito nos Estados Unidos

AFP

Governador Andrew Cuomo confirmou radicalização de suspeito nos Estados Unidos

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O homem que jogou sua caminhonete contra ciclistas em Nova Iorque teria deixado um bilhete expressando sua lealdade do grupo Estado Islâmico, informou a imprensa americana esta quarta-feira. O jornal The New York Times, citando dois oficiais de segurança, afirmou que o homem escreveu a mão bilhetes em árabe, achados perto do veículo.

Confirmada ligação com Estado Islâmico

O uzbeque que protagonizou ataque terrorista na terça-feira em Nova Iorque, matando oito pessoas, era associado ao Estado Islâmico, mas se radicalizou nos Estados Unidos", informou o governador Andrew Cuomo nesta quarta-feira. O suspeito, Sayfullo Saipov, foi baleado pela polícia ao final de seu ataque, mas sua vida não corre perigo. "Ele é um covarde depravado associado ao EI e ele se radicalizou dentro dos Estados Unidos", afirmou, em entrevista à CNN.

O ataque

O ataque aconteceu a poucas quadras do memorial do 11 de setembro de 2001 em Manhattan, perto de escolas e de um parque, enquanto crianças e seus pais se preparavam para festejar o Halloween. Às 15h05 (17h05 de Brasília), o agressor jogou sua caminhonete branca contra ciclistas e pedestres em uma ciclovia às margens do rio Hudson e gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) antes de ser baleado pela polícia.

Atingido no abdome, foi submetido a uma cirurgia e deve sobreviver, de acordo com a imprensa. Após a colisão, o homem saiu do veículo com duas armas, uma de pressão (chumbinho) e outra de paintball, informou a polícia de Nova York, que afirmou não procurar outros suspeitos. Logo após o ataque, policiais, bombeiros e ambulâncias chegaram ao local e bloquearam várias ruas, enquanto helicópteros sobrevoavam o sul de Manhattan.

John Williams, de 22 anos, que chegou ao local pouco depois do agressor ser baleado, descreveu "um forte odor de pólvora". "Tinha um homem ferido no chão. Parecia ter recebido um tiro. Estava cercado por policiais e paramédicos", relatou à AFP. "Vi que dois veículos, um branco e um micro-ônibus, se chocaram. Dois homens queriam brigar na rua. Um tinha duas pistolas, uma em cada mão. No final, chegou a polícia, e escutamos três tiros", declarou Manuel Calle, 46 anos, que trabalha em um restaurante próximo.

A Chancelaria argentina informou que o ataque matou cinco argentinos, "da cidade de Rosario" (300 km ao norte de Buenos Aires), que integravam "um grupo de amigos que celebrava o 30° aniversário de formatura da Escola Politécnica desta cidade". O governo de Mauricio Macri declarou que está prestando assistência "às famílias neste terrível momento de profunda dor, compartilhada por todos os argentinos". Uma mulher belga também faleceu, enquanto três cidadãos desse país ficaram feridos, de acordo com Bruxelas. Um alemão também está entre os feridos.


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