Autoridades diplomáticas negociam futuro de Julian Assange

Autoridades diplomáticas negociam futuro de Julian Assange

Polícia britânica segue vigiando embaixada equatoriana em Londres

AFP

Manifestantes pró-Assange fixaram cartazes em frente a embaixada do Equador em Londres

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As negociações diplomáticas para tentar encontrar uma solução para o caso de Julian Assange, fundador do Wikileaks, que ainda está refugiado na embaixada do Equador em Londres, prosseguem nesta sexta-feira. Assange está com o destino incerto, apesar do asilo político oferecido por Quito na quinta-feira. Ele tenta evitar a extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, os quais nega.

Vinte policiais britânicos continuam de guarda em frente ao edifício da representação diplomática equatoriana. Duas viaturas da polícia também estão estacionadas próximo ao prédio, não muito longe de uma dúzia de partidários de Assange que passaram a noite no local. "A tática britânica de intimidação continua", comentou o Wikileaks no Twitter.

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta sexta-feira que Assange deve permanecer por tempo indeterminado na embaixada. Desde o anúncio de Quito de que concederia asilo diplomático a Assange, o Reino Unido advertiu que não iria emitir um salvo-conduto para o australiano e que "nada mudaria" no processo de extradição. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, no entanto, pareceu descartar por enquanto a ameaça de invasão policial na embaixada.

Dada a inflexibilidade do Reino Unido, o Equador tentou unir os países sul-americanos à sua causa. Os equatorianos convocaram os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Guayaquil, para uma reunião no domingo com o objetivo de discutir a situação. A Organização dos Estados Americanos (OEA) deverá decidir nesta sexta-feira se convocará uma reunião para o dia 23 de agosto, em Washington. Quito considera apelar à Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Haia para forçar a Grã-Bretanha a emitir um salvo-conduto para Assange. "Estamos comprometidos a trabalhar com os equatorianos para resolver esta questão amigavelmente", disse um porta-voz do Foreign Office.

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