Avião desaparecido desceu 1,5 mil metros de altitude para evitar radares

Avião desaparecido desceu 1,5 mil metros de altitude para evitar radares

Segundo investigações, pessoa no comando da aeronave tem conhecimento de navegação

Agência Brasil

Atualmente 26 países participam da busca pelo avião

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O avião desaparecido no último dia 8 com 239 pessoas a bordo desceu a 5 mil pés de altitude (aproximadamente 1,5 mil metros) para evitar ser detectado pelos radares civis, informou nesta segunda-feira o diário cingapurense New Straits Times.

A investigação oficial confirmou que o Boeing 777-2000 da Malaysia Airlines desligou os seus sistemas de comunicação e mudou de rota deliberadamente. A análise dos dados do avião revela que o aparelho baixou de altitude para desaparecer dos radares. "A pessoa no comando do avião tem sólido conhecimento de navegação e radares", declarou uma fonte ao diário.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim na madrugada do dia 8 deste mês e desapareceu dos radares cerca de 40 minutos depois da descolagem. A estimativa é que tenha voado durante várias horas sem ser detectado, disseram os peritos ao jornal de Cingapura.

As autoridades da Malásia pediram a uma série de países, a maioria do Sul e Centro da Ásia, que se juntem às buscas do avião, após a confirmação de que o aparelho mudou de rumo de forma deliberada e que se dirigiu para o Oeste. Os novos dados, divulgados pelo primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, no sábado, abrem duas zonas de investigação sobre a rota seguida pelo avião: uma que vai do Norte da Tailândia até o Cazaquistão e Turquemenistão e outra que parte da Indonésia e entra pelo Oceano Índico, a Oeste da Austrália.

Vinte e seis países participam atualmente das operações de busca do avião: Austrália, Bangladesh, Birmânia, Brunei, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Japão, Cazaquistão, Quirguizistão, Laos, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Reino Unidos, Rússia, Cingapura, Tailândia, Turquemenistão, Uzbequistão e Vietnã.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, anunciou hoje que o seu governo reforçou a contribuição nas operações de busca do avião. A Austrália assumirá a responsabilidade de procurar o aparelho em uma vasta parte do Oceano Índico e enviará recursos adicionais de vigilância marítima para ajudar na missão.

O avião transportava 227 passageiros, incluindo sete menores, e uma tripulação de 12 malaios. Entre as possíveis causas do desaparecimento estão as hipóteses de sequestro, terrorismo ou problemas psicológicos ou pessoais de alguém a bordo. O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse nesse domingo que as últimas palavras recebidas pelo controle aéreo - "Bem, boa noite" (All right, good night) - foram pronunciadas no interior da cabine depois de o sistema de comunicações (Acars - Aircraft Communications Addressing and Reporting System) ter sido deliberadamente desligado.

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