Biden busca acordo para Gaza após cessar-fogo no Líbano

Biden busca acordo para Gaza após cessar-fogo no Líbano

EUA veem "um princípio de oportunidade para um Oriente Médio mais estável"

AFP
Biden vai renovar seus esforços para obter um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza

Biden vai renovar seus esforços para obter um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai renovar seus esforços para obter um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, após a trégua concluída entre Israel e o grupo islamista Hezbollah no Líbano, informou nesta quarta-feira (27) seu assessor de Segurança Nacional.

Os EUA veem "um princípio de oportunidade para um Oriente Médio mais estável", afirmou Jake Sullivan em entrevista à emissora MSNBC, ao saudar o acordo, que considerou ser "o resultado da diplomacia implacável dirigida pelo presidente" democrata.

Dezenas de milhares de libaneses expulsos pelo conflito retornaram a suas casas graças a esta trégua, que entrou em vigor na quarta-feira às 04h00 locais.

"O presidente Biden pretende começar a trabalhar hoje, ordenando a seus emissários que entrem em contato com Turquia, Catar, Egito e outros atores da região", com vistas a um cessar-fogo e um acordo para a libertação de reféns nas mãos do grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza.

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O Hezbollah abriu uma "frente de apoio" ao Hamas em outubro de 2023, diante de uma ampla ofensiva israelense em Gaza como represália por um ataque sem precedentes do movimento palestino.

O cessar-fogo no Líbano foi saudado nesta quarta-feira por um funcionário de alto posto do Hamas, que disse estar pronto para uma trégua com o Exército israelense na Faixa de Gaza. O Catar também espera um "acordo similar" ao do Líbano, após 13 meses de conflito no território palestino.

O enviado especial do presidente americano, Amos Hochstein, estreitamente envolvido nas negociações entre Israel e o Hezbollah, também vê uma oportunidade para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Acreditamos firmemente que o acordo com o Líbano abre essa porta", disse ele hoje, durante um encontro com membros da comunidade judaica americana.

Depois de assinar essa trégua com o grupo xiita, Israel já não está "em guerra em uma frente", observou Hochstein. "A cavalaria já não virá do norte para o Hamas. É o momento de o Hamas tomar a iniciativa de se sentar à mesa de negociações", acrescentou.


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