Bolívia prevê relações "difíceis" com governo argentino de esquerda

Bolívia prevê relações "difíceis" com governo argentino de esquerda

Chanceler Karen Longarin vê como barreira proximidade de líderes argentinos com Evo Morales

AFP

Alberto Fernández assumirá governo argentino em 10 de dezembro

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A chanceler do governo interino da Bolívia, Karen Longarin, previu nesta sexta-feira relações "muito difíceis" com o próximo governo de esquerda na Argentina, que assumirá no dia 10 de dezembro, porque os futuros líderes argentinos mantiveram uma relação muito estreita com o ex-presidente Evo Morales. "Pensamos que vai ser muito difícil a relação" com o governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, declarou a chanceler à AFP. Eles "historicamente têm sido muito amigos de Evo Morales", que governou seu país por quase 14 anos, antes de se demitir, no dia 10 de novembro, e buscar asilo no México, em meio a uma onda de protestos contra sua reeleição suspeita.

Fernández, eleito em outubro passado, escreveu no Twitter que "na Bolívia tiveram que dar um golpe de Estado para tirar Evo", e que "o governo de fato (...) usurpou o poder na Bolívia". Longarin, que afirmou que a Bolívia quer "fortalecer as relações com os países vizinhos", destacou que a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, ainda não foi convidada para a posse de Fernández. "Não chegou qualquer convite, nem na Chancelaria e nem no Palácio" para a posse, destacou a chanceler.

A Argentina é o segundo principal mercado para o gás natural boliviano, com um fornecimento diário de entre 19 e 20 milhões de metros cúbicos. O Brasil é o maior comprador do gás boliviano.


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