Bolsas mundiais sobem enquanto Estados Unidos vivem incerteza eleitoral

Bolsas mundiais sobem enquanto Estados Unidos vivem incerteza eleitoral

Votos ainda estão sendo contabilizados na tarde desta quarta-feira

AFP

Votos ainda estão sendo contabilizados na tarde desta quarta-feira

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As principais Bolsas mundiais mostraram força nesta quarta-feira apesar da incerteza na contagem dos votos das eleições presidenciais nos Estados Unidos e à vitória reivindicada por Donald Trump, embora os resultados finais ainda não tenham sido publicados.

Após abertura em queda, alguns mercados europeus se recuperaram e fecharam em alta. Londres teve alta de 1,7%, Frankfurt de 2%, Paris de 2,4%, Madri de 0,45% e Milão de 1,96%. Wall Street abriu com alta de 0,91%, e o índice Nasdaq, de tecnologia, subia 2,59%. Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em forte alta, de 1,72%. O Hang Seng de Hong Kong terminou com perda de 0,21%, o índice de Xangai subiu 0,19% e o de Shenzhen 0,31%.

Além da eleição nos Estados Unidos, os mercados chineses sofriam o golpe do anúncio da véspera do adiamento do IPO do Ant Group, gigante do pagamento online chinês, o que pesou sobre as ações do Alibaba. Donald Trump reivindicou a vitória nas eleições, embora a contagem dos votos ainda esteja em andamento, especialmente em vários estados importantes. 

"Há uma grande incerteza sobre o que Trump diz sobre a fraude nas eleições e sua intenção de apelar à Suprema Corte", afirmou à AFP o analista Naeem Aslam. "Trump acaba de declarar guerra", acrescentou Neil Wilson, da Markets.com, para quem essas declarações do presidente explicam a queda inicial dos índices.

No meio da jornada, a incerteza cresceu diante da suposta recuperação do seu rival democrata, Joe Biden, que apresentava vantagem em Michigan e Wisconsin, dois estados-chave do Norte do país. 

O dólar ganha espaço

No plano cambial, o dólar ganhava terreno no meio da jornada: +0,05% frente ao euro, a 1,1709 por euro, ante 1,1715 dólar no dia anterior. "Foi declarado que se Donald Trump fosse eleito, isso aumentaria o dólar. E é o que está acontecendo atualmente", comentou John Plassard, da Mirabaud Securities.

O mercado petrolífero se viu surpreso por uma queda nas reservas nos Estados Unidos. O preço do barril de petróleo aumentou. Às 17h GMT (14h de Brasília), o barril de Brent para entrega em janeiro subia 2,57%, e ficava a 40,73 dólares frente ao fechamento da terça-feira.  O barril de WTI para dezembro subia, por sua vez, 2,55%, vendido a 38,58 dólares, em Nova York.  

Embora, neste momento, seja impossível saber quem entre Donald Trump e Joe Biden ocupará a Casa Branca nos próximos quatro anos, o presidente já reivindicou sua vitória e anunciou que apelará à Suprema Corte para contestar a contagem.

Em meio a tantas incertezas, o banco ING afirma que "uma das poucas coisas que até agora estão claras é que não teremos uma vitória esmagadora dos democratas, como sugeriam as pesquisas, e isso desestabilizou o mercado, que se posicionou para um resultado claro".


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