Bomba que atingiu ônibus escolar no Iêmen foi vendida pelos Estados Unidos
Na ocasião, explosivo causou a morte de 29 crianças com menos de 15 anos
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O explosivo é semelhante ao utilizado em um ataque a um funeral no Iêmen em outubro de 2016, que, na ocasião, deixou 155 pessoas mortas e outras centenas de feridos. No episódio, a coalizão saudita assumiu a autoria do ataque e admitiu o erro, afirmando que recebeu "informações incorretas". Após o caso, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, proibiu a venda de tecnologia militar guiada com precisão à Arábia Saudita por "preocupações relacionadas aos direitos humanos".
A proibição foi anulada pelo então Secretário de Estado de Donald Trump, Rex Tillerson, em março de 2017. Os EUA dizem que não tomam decisões sobre alvos para a coalizão, que está lutando contra uma insurgência rebelde houthi no Iêmen, porém, apoia o movimento com negociação de milhões de dólares em armamentos, reabastecimento de aeronaves de combate e compartilhamento de inteligência.
O bombardeio contra o ônibus escolar foi parte de uma ofensiva da coalizão saudita na Província de Saada, no Iêmen, no dia 9 de agosto. No total, 43 pessoas morreram e outras 63 ficaram feridas, sendo a maioria delas crianças, segundo informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).