Bombardeio israelense contra campo militar deixa três mortos na Síria

Bombardeio israelense contra campo militar deixa três mortos na Síria

Vítimas seriam combatentes leais ao governo de Bashar al-Assad

AFP

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Três combatentes leais ao governo de Bashar al-Assad morreram na Síria e dois ficaram feridos em um bombardeio israelense contra um campo militar na localidade de Quneitra, nas colinas de Golã, informou uma fonte ligada à milícia. O campo atacado pertence às Forças de Defesa Nacional (FND), uma milícia favorável ao regime de Damasco.

Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel executou vários ataques contra alvos em território sírio. O exército israelense se negou a comentar a informação. "O ataque israelense teve como alvo o campo Al-Fawwar das FDN em Quneitra. Há três mártires e dois feridos", afirmou a fonte da milícia, que não indicou se foi um ataque aéreo ou de artilharia. A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou um ataque israelense contra "um depósito de armas", sem divulgar um balanço.

Desde o fim da guerra em junho de 1967, Israel ocupa 1.200 quilômetros quadrados das colinas de Golã (nordeste), cuja anexação em 1981 não foi reconhecida pela comunidade internacional. A Síria mantém o controle de 510 quilômetros quadrados. Israel e Síria permanecem oficialmente em estado de guerra.

Na sexta-feira, o exército israelense afirmou ter atacado posições militares sírias na localidade de Quneitra em represália a três disparos de obus procedentes do vizinho do norte, na parte do Golã ocupada pelo Estado hebreu. Os disparos dos dois lados não provocaram vítimas na sexta-feira. Uma porta-voz militar israelense havia indicado que eram "provavelmente disparos perdidos em consequência de combates internos na Síria". Os disparos perdidos de morteiros procedentes da Síria são frequentes no Golã.

Antes da guerra na Síria, o limite que separa os territórios controlados por Tel Aviv e Damasco no Golã era considerado relativamente calmo. Israel acompanha de perto o que acontece na Síria, onde o regime de Assad recebe o apoio de dois inimigos do Estado hebreu: Irã e o grupo Hezbollah libanês.

Nos últimos anos, Israel admitiu que bombardeou comboios de armas na Síria destinadas ao Hezbollah. Em 17 de março, Israel e Síria protagonizaram o incidente mais grave desde 2011. A Força Aérea israelense bombardeou na Síria um comboio de armas "sofisticadas" que apresentou como uma carga destinada ao Hezbollah. O ataque provocou uma resposta do exército sírio, que disparou um míssil em direção a Israel, que foi interceptado.

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