Bombardeios aéreos russos na cidade síria de Idlib deixam 10 mortos

Bombardeios aéreos russos na cidade síria de Idlib deixam 10 mortos

Entre as vítimas, foram encontradas duas crianças

AFP

Idlib é controlada por extremistas

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Bombardeios aéreos da Rússia, um aliado do regime no poder na Síria, causaram nesta sexta-feira a morte de dez civis na região de Idlib, no noroeste do país e controlada por extremistas, de acordo com o Observatório Sírio de Direito Humanos, ONG que monitora o conflito. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, disse que as vítimas nas aldeias de Kafranbel e Tal Hawash incluem duas crianças. Os ataques mataram três civis, incluindo uma criança, nos arredores de Kafranbel, e sete, incluindo uma menina, em Tal Hawash, disse Rami Abdel Rahman, chefe da OSDH.

A Rússia e os rebeldes apoiados pelos turcos estabeleceram em setembro uma zona neutra para conter uma ofensiva maciça do regime na região de Idlib, perto da fronteira da Síria com a Turquia. Mas esta região de cerca de três milhões de pessoas está sob crescente bombardeio desde que o grupo Hayat Tahrir Al Sham, um ex-aliado da Al Qaeda, assumiu o controle de Idlib em janeiro.

Esses novos ataques aéreos ocorrem após dois dias de negociações no Cazaquistão, com a participação da Rússia, Irã e Turquia para acabar com a guerra na Síria. De acordo com a declaração conjunta publicada no final das discussões, a formação desse comitê constitucional foi abordada, e o emissário das Nações Unidas para a Síria, Geir Pedersen, participou dos debates, mas novas negociações em Genebra serão necessárias para alcançar um resultado concreto.

A ONU expressou sua preocupação com o aumento das tensões na província. "Estou preocupado pela recente escalada de violência e de hostilidades no local e ao redor da zona desmilitarizada no noroeste da Síria", declarou na quinta-feira Panos Mumtzis, coordenador regional da ONU para a Síria. "Desde fevereiro, foram declarados mais de 200 civis mortos em Idlib", e 120.000 pessoas fugiram para lugares próximos à fronteira turca, acrescentou.


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