Brasil e China planejam intensificar comércio

Brasil e China planejam intensificar comércio

País asiático já é o maior parceiro comercial brasileiro em termos de exportação e importação

AFP

Presidente Xi Jinping e seu colega Jair Bolsonaro reafirmaram os laços entre os dois países nesta sexta

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A China afirmou nesta sexta-feira (25) que deseja ampliar seu comércio com o Brasil, procurando equilibrar o impacto de uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos. O presidente Xi Jinping e seu colega Jair Bolsonaro reafirmaram os laços entre os dois países nesta sexta, durante a primeira visita oficial do presidente brasileiro à China. "A China está disposta a importar mais produtos de alta qualidade e produtos de alto valor agregado do Brasil, que atendam às necessidades do mercado chinês", disse a CCTV estatal, citando Xi. Brasil e China esperam "promover o crescimento diversificado das exportações bilaterais de produtos agrícolas" por meio de acordos entre as autoridades aduaneiras e agrícolas dos dois países, segundo comunicado conjunto de Xi e Bolsonaro.

A China já é o maior parceiro comercial do Brasil em termos de exportação e importação, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços brasileiro. Com a guerra comercial entre Washington e Pequim, as importações chinesas de produtos agrícolas dos Estados Unidos caíram de US$ 19,5 bilhões em 2017 para pouco mais de US$ 9 bilhões no ano passado, criando um déficit entre a oferta e a demanda de produtos-chave como a soja. O Brasil já é a maior fonte de importação de soja da China, segundo a consultora agrícola Trase.

Os líderes brasileiro e chinês enfatizaram a cooperação contínua entre economias emergentes diante do protecionismo em todo mundo. "O mundo está enfrentando sérios desafios com o unilateralismo e o protecionismo, pressionando as principais economias, à medida que a incerteza e a instabilidade estão aumentando", disse o vice-premiê chinês, Hu Chunhua, em um fórum de negócios nesta sexta, com a presença de Bolsonaro, que também se encontrou com o primeiro-ministro Li Keqiang. "A China e o Brasil, como duas grandes economias, devem aumentar a comunicação e a cooperação para enfrentar esses desafios e concretizar o desenvolvimento compartilhado", declarou Hu.

Bolsonaro enalteceu as relações comerciais entre os países e destacou a decisão de isentar os chineses de visto para a entrada no Brasil como um gesto de aproximação. "Eu estava ansioso por essa visita porque temos na China o primeiro parceiro comercial e nos interessa ampliar novos horizontes. O Brasil precisa da China e a China também precisa do Brasil", disse Bolsonaro.


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