Buenos Aires reforça segurança para receber reunião do G20

Buenos Aires reforça segurança para receber reunião do G20

Participam da cúpula os sete países mais ricos, 13 economias emergentes e a União Europeia

AFP

País mobilizou 25 mil agentes para proteger as delegações da ameaça de atentados e de protestos violentos

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A capital argentina amanheceu blindada. No centro de Buenos Aires, onde ficam os hotéis de luxo e as embaixadas, barreiras foram montadas nas ruas, interrompendo o trânsito. O transporte público deixará de funcionar normalmente na tarde desta quinta-feira. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, decretou feriado na sexta-feira, quando começa a Cúpula dos Líderes do G20. O encontro vai até sábado.

É a primeira vez que os líderes das 20 maiores economias do mundo se reúnem na América do Sul. A primeira cúpula, em 2008, ocorreu nos Estados Unidos - no ano da pior crise financeira, desde a "grande depressão" de 1929.

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Participam do G20 os sete países mais ricos (G7), 13 economias emergentes (entre elas, a China, a Rússia, a Índia e o Brasil), e a União Europeia (UE), além de representantes de organizações multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Segurança

A Argentina mobilizou 25 mil agentes para proteger as delegações da ameaça de atentados e de protestos violentos, como os da ultima cúpula, na Alemanha, que deixaram dezenas de pessoas e policiais feridos. O presidente argentino e anfitrião da Cúpula do G20, Mauricio Macri, aproveitará a ocasião para se encontrar com sete lideres - entre eles, os presidentes Donald Trump (dos Estados Unidos), Xi Jin-Ping (da China) e Vladimir Putin (da Rússia).

A Argentina enfrenta um momento difícil: o país fechou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), para superar a crise cambial, que fez com que a moeda nacional perdesse metade de seu valor este ano. Em troca de uma linha de crédito de US$ 36,3 bilhões, Macri se comprometeu a zerar o déficit fiscal em 2019 - justamente no ano em que disputará a reeleição. As estimativas são de que este ano a economia argentina encolherá 2,6% e que a inflação anual superará os 45%.

O índice de aprovação do governo de Macri está em torno de 30%. Mas o governo aposta numa recuperação econômica no ano que vem.

Agenda

A Argentina, que preside o G20 este ano, determinou a agenda: quer discutir o futuro do emprego e o desenvolvimento econômico, num mundo que está sendo transformado pela revolução tecnológica e pelo aquecimento climático. A cúpula ocorre em meio de uma guerra comercial, entre as duas maiores potencias (Estados Unidos e China), e de uma disputa politica pelo poder com a Rússia (que avança para recuperar territórios perdidos com a dissolução da antiga União Soviética).

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