Capital da China suspende alerta vermelho por poluição

Capital da China suspende alerta vermelho por poluição

Nos últimos 10 dias, camada espessa de névoa branca cobriu Pequim

AFP

Capital da China suspende alerta vermelho por poluição

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Pequim suspendeu nesta quinta-feira o alerta vermelho por poluição que estava em vigor desde segunda-feira e, pela primeira vez na semana, o céu azul e ensolarado substituiu a espessa névoa dos últimos dias. As autoridades da capital da China anunciaram pela primeira vez na segunda-feira o nível máximo de alerta, que implica medidas drásticas para limitar a circulação de carros, a paralisação de obras e o fechamento de escolas e fábricas.

A situação em Pequim coincide com a contagem regressiva na Conferência do Clima de Paris para concluir um acordo sobre o futuro do planeta. As medidas de emergência foram canceladas nesta quinta-feira, segundo a Agência de Proteção do Meio Ambiente da cidade.

A capital chinesa viveu nos últimos 10 dias dois episódios do chamado "airapocalypse", situação em que cobriu a cidade com uma camada espessa de névoa branca impregnada com um cheiro intenso de carvão. A densidade de partículas finas (PM 2,5), muito perigosas para a saúde e que provocam mortes prematuras, superou na semana passada em Pequim a marca de 600 microgramas por metro cúbico, segundo os níveis de referência medidos pela embaixada dos Estados Unidos.

O nível é muito superior ao máximo de 25 microgramas por m³ a cada 24 horas estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, o governo de Pequim não decretou na semana passada o alerta vermelho, uma decisão muito criticada pelos internautas e pela imprensa oficial. Nos últimos dias a concentração de partículas tóxicas permaneceu em um nível inferior a 300 microgramas por m³ e nesta quinta-feira caiu a 22, graças a uma frente fria e ao vento que ajuda a dissipar a poluição.

As medidas de emergência "foram eficazes para frear o acúmulo de 'smog'", anunciou a prefeitura, que agradeceu os "esforços" da população. A situação das últimas semanas levou muitos moradores da cidade aos hospitais e provocou o aumento da compra de máscaras protetoras, onipresentes nas ruas. A poluição aumenta no inverno com o uso do carvão para a calefação e o aumento do uso da energia elétrica.

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