Celso Amorim está indo para a Venezuela para acompanhar a eleição, diz Lula

Celso Amorim está indo para a Venezuela para acompanhar a eleição, diz Lula

Brasil havia cancelado envio de servidores do TSE para território venezuelano

Estadão Conteúdo
Celso Amorim está indo para a Venezuela para acompanhar a eleição, diz Lula

Celso Amorim está indo para a Venezuela para acompanhar a eleição, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 26, que o chefe de sua assessoria especial, o diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, vai para a Venezuela às 14h para acompanhar a eleição local.

O regime de Nicolás Maduro proibiu a candidatura de alguns dos principais nomes da oposição. Maduro também já disse que haverá um banho de sangue se perder a eleição. O chefe de estado brasileiro afirmou ter ficado assustado com a declaração. "Celso Amorim está indo às duas para a Venezuela”, disse Lula em rápida declaração a jornalistas antes de solenidade no Palácio do Planalto.

Campanha finalizada

Maduro e seu principal adversário nas eleições presidenciais do próximo domingo, Edmundo González Urrutia, encerraram nessa quinta-feira, 25, suas campanhas, em meio a advertências do atual presidente venezuelano.

Empunhando um sabre do herói Simón Bolívar, Maduro liderou um primeiro ato em Maracaibo, capital do estado petroleiro de Zulia, duramente atingido pela crise que acompanhou seus quase 12 anos no poder.

O presidente esteve em Caracas, onde prometeu "tomar de ponta a ponta".

Já González vai concluir sua campanha com uma concentração no bairro de classe alta Las Mercedes, também na capital. "Não viemos para perseguir ninguém", disse o opositor em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros, na qual afirmou que vai buscar um governo de união e negou uma cruzada contra o chavismo.

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O susto e o chá

As declarações de Maduro falando em banho de sangue geraram preocupação na América Latina. Além de Lula, o presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu hoje eleições "transparentes, competitivas e sujeitas à observação internacional". "Não se pode ameaçar, sob nenhum ponto de vista, com banhos de sangue, e sim o que os presidentes e candidatos recebem são banhos de votos", expressou, na linha do colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue", havia dito Lula. "O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição."

"Quem se assustou que tome um chá de camomila", respondeu Maduro, sem mencionar Lula. A partir da declaração de Maduro, a autoridade eleitoral brasileira suspendeu o envio de observadores à Venezuela, depois de Maduro ter criticado o sistema eleitoral do país.


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