A China está mobilizada em uma complexa operação de resgate após uma forte nevasca atingir o sopé do Monte Everest e o planalto tibetano, causando a morte de um alpinista por hipotermia. A emissora estatal CCTV informou na noite de domingo (5) que centenas de pessoas foram resgatadas, mas a situação ainda é crítica em altitudes elevadas.
As autoridades conseguiram resgatar cerca de 350 alpinistas em um vale localizado no lado chinês do Everest. No entanto, mais de 200 pessoas permaneceram presas em acampamentos em áreas mais altas da montanha. As equipes de resgate conseguiram contatar esses alpinistas e os orientaram a se deslocarem para um ponto de encontro pré-determinado para evacuação.
Situação crítica no planalto tibetano e província de Qinghai
A nevasca de grandes proporções no planalto tibetano também causou estragos na província de Qinghai, ao norte da região do Tibete. Foi em Qinghai que um alpinista morreu devido à exposição ao frio extremo, conforme a CCTV citou os serviços de segurança.
Muitos outros visitantes, que chegaram à região no final da semana passada, ficaram presos pelo mau tempo em áreas com altitude superior a 4.000 metros. Cerca de 300 socorristas atuaram na província de Qinghai, resgatando 137 pessoas cujos "sinais vitais estão estáveis". As buscas por outros alpinistas continuam, mas a quantidade e as nacionalidades dos envolvidos não foram detalhadas pela imprensa estatal.
O grande número de visitantes e alpinistas na região é comum nesta época do ano, devido ao período de férias e feriados na China. Um alpinista contatado pela AFP compartilhou vídeos nas redes sociais, mostrando barracas na área quase completamente cobertas de neve, antes de conseguir chegar em segurança a uma vila no domingo.