Certamente convidaria Kim Jong-un à Casa Branca "se tudo der certo", diz Trump

Certamente convidaria Kim Jong-un à Casa Branca "se tudo der certo", diz Trump

Presidente americano manteve possibilidade de um acordo para encerrar guerra dos Estados Unidos contra Coreia do Norte

AE

Certamente convidaria Kim Jong-un à Casa Branca "se tudo der certo", diz Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que "certamente" convidaria o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para uma visita à Casa Branca "se tudo der certo" na reunião que os dois terão em Cingapura, em 11 de junho, às 22h (horário de Brasília).

Dar tudo certo é justamente o desenlace que o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em visita à Casa Branca, deseja ver do encontro do mais alto escalão. Espero que seja um "sucesso estrondoso", declarou em coletiva ao lado do colega americano. "Quero prestar respeito à liderança do presidente Trump por tomar a decisão de se reunir com Kim", atalhou.

Como de costume, no entanto, Trump deu sinalizações em direções distintas, apontando também que está "pronto para abandonar" o diálogo em curso com Pyongyang. "Mas espero que isso não seja necessário." Ao mesmo tempo, o presidente americano manteve na mesa a possibilidade de assinar um acordo para encerrar a guerra dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte. "Acredito que Kim Jong-un queira ver coisas maravilhosas para o seu país e seu povo", disse.

Trump voltou a criticar a postura adotada por seus antecessores em relação a Pyongyang, pontuando que a ameaça representada pelo desenvolvimento de armas nucleares pelo governo norte-coreano não foi resolvida "quando deveria". "Então eu vou resolvê-la", prometeu. Ele trouxe à tona sua decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irã e reinstaurar sanções contra o país persa. "O Irã não é mais o país que era há alguns meses."

O atual ocupante da Casa Branca previu ainda que a desnuclearização da Península Coreana traria uma "nova era de paz e prosperidade" aos vizinhos na região, mas também à China e ao Japão. E elogiou o papel de Tóquio e Seul nas tentativas de aproximação com Pyongyang. "O primeiro-ministro Abe e o presidente Moon (Jae-in, da Coreia do Sul) foram extremamente prestativos", agradeceu Trump, referindo-se às negociações que, até segunda ordem, culminarão no futuro encontro com Kim Jong-un em Cingapura.

Ele também se referiu aos parceiros japoneses e sul-coreanos ao revelar que ambos os países prometeram ajudar a Coreia do Norte economicamente se os desdobramentos do diálogo com Pyongyang levarem à desnuclearização norte-coreana.

A retórica de Abe seguiu a mesma direção. "Estamos prontos para normalizar as relações com a Coreia do Norte e apagar o passado infeliz", garantiu o premiê japonês, em referência a sequestros de japoneses nos anos 1970 e 1980 que atribui a Pyongyang. Mas o premiê garantiu que, assim como os EUA, só suspenderá as sanções japonesas contra a Coreia do Norte com garantias de que o regime de Kim Jong-un se desfaça de suas armas nucleares.

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