Chanceler da Costa Rica explica abandono de discurso de Temer na ONU
País negou coordenação com outros países latinos e salientou preocupação com situação no Brasil
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González esclareceu que o gesto realizado no dia 20 de setembro, na abertura da Assembleia Geral da ONU, não constituiu um julgamento direto do impeachment de Dilma Rousseff, e sim de fatos ocorridos posteriormente que, a seu juízo, colocam em dúvida a democracia no Brasil. O chanceler não citou a que fatos se referia, mas o presidente Luis Guillermo Solís afirmou em entrevista à CNN que a Costa Rica se preocupa com "a violência contra a oposição e à possibilidade de uma lei de anistia que, acredita, deixará impune uma série de fatos muito questionáveis e que a justiça brasileira terá que atender".
González rejeitou que a saída do presidente Solís e dos demais integrantes da delegação da Costa Rica na ONU tenha sido coordenada com os países do bloco latino-americano de esquerda. "Não houve coordenação, não saímos de mãos dadas com ninguém, a Costa Rica agiu só, de forma independente e soberana", declarou o chanceler sobre as atitudes dos delegados de Bolívia, Nicarágua, Venezuela e Equador.