Chef australiano é multado por promover "máquina de luz" contra o coronavírus

Chef australiano é multado por promover "máquina de luz" contra o coronavírus

Em transmissão ao vivo no Facebook, Pete Evans afirmou que dispositivo poderia ser usado para combater a Covid-19

AFP

Evans foi multado em 25.000 dólares australianos

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O chef australiano Pete Evans foi multado em 25.000 dólares australianos por anunciar uma "máquina de luz" que, segundo ele, poderia ser útil no tratamento do novo coronavírus. Em uma transmissão de vídeo ao vivo no Facebook, Evans afirmou que o dispositivo, chamado "Biocharger", poderia ser usado para combater o "coronavírus de Wuhan", a cidade chinesa onde o patógeno surgiu no final de dezembro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou que esse nome não fosse usado para definir o novo coronavírus por ser discriminatório. 

A Administração de Produtos Terapêuticos da Austrália declarou em comunicado que essas afirmações careciam de "fundamento" e o vídeo do cozinheiro recebeu muitas críticas. "Qualquer declaração sobre a Covid-19 é motivo de preocupação para a Administração, dada a enorme preocupação que a pandemia gera entre a população", afirmou o organismo.

No Twitter, o presidente da Universidade Real de Médicos da Austrália, Harry Nespolon, comemorou a multa e pediu ao público que ignore os conselhos do chef. "Essa 'máquina de luz' não faz nada além de esvaziar sua carteira", disse ele.

Depois da difusão do vídeo, a empresa que fabrica o dispositivo, Advanced Biotechnologies, que o define como uma forma de "revitalização energética", publicou uma declaração explicando que o dispositivo "não é uma ferramenta médica e não se destina a diagnosticar uma doença".

O Biocharger custa quase US$ 15.000 e, desde que a controvérsia eclodiu, foi retirado do site de Evans.


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