Chile rejeita negociar com a Bolívia após decisão de Haia

Chile rejeita negociar com a Bolívia após decisão de Haia

Corte Internacional de Justiça reconheceu reivindicação boliviana de acesso ao mar

AFP

Presidente do Chile, Michelle Bachelet, está nos EUA na Assembleia Geral da ONU

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 O Chile fechou as portas nesta sexta-feira para eventuais negociações bilaterais com a Bolívia, após a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, se declarar competente para examinar litígio. "Por que negociar bilateralmente? Eles escolheram ir a Haia", declarou o chanceler chileno Heraldo Muñoz a jornalistas locais em Nova Iorque, onde acompanha a presidente Michelle Bachelet na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Na quinta-feira, numa decisão final, a CIJ rejeitou um pedido chileno que questionava sua jurisdição para tratar a demanda da Bolívia contra o Chile para recuperar uma saída soberana ao mar, perdida em uma guerra do final do século 19.
Após esta declaração, a CIJ deve iniciar um julgamento que deve durar vários anos até uma sentença.

Ao receber a noticia da decisão da CIJ, Bachelet declarou que a Bolívia não ganhou nada e que a Corte de Haia apenas pôs o assunto na mesa. "A única coisa decidida até agora é que a Corte está apta para reconhecer a reivindicação boliviana. E eu asseguro que o meu governo, e não tenham dúvida disso, adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar a integridade do nosso território". disse Bachelet.

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