China e Rússia aguardam resultado oficial para felicitar Biden após vitória nos EUA

China e Rússia aguardam resultado oficial para felicitar Biden após vitória nos EUA

Brasil ainda não fez reconhecimento do triunfo democrata no último sábado

AFP

publicidade

A China e Rússia decidiram não felicitar, ao menos por enquanto, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Eleito no último sábado, o candidato democrata venceu o adversário republicano Donald Trump, que sequer fez o discurso de concessão. Os governos chinês e russo fizeram opção porque querem aguardar o resultado oficial do pleito. O Brasil ainda não fez o reconhecimento do triunfo de Biden, já que o presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou. 

"Tomamos conhecimento de que Biden se declarou vencedor nas eleições", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin. "Nosso entendimento é que o resultado da eleição será determinado de acordo com as leis e procedimentos dos Estados Unidos", completou, dois dias depois da vitória do candidato democrata, contestada pelo presidente republicano Donald Trump.

Embora a derrota do candidato republicano possa representar um alívio para a China, envolvida em uma guerra comercial iniciada por Washington em 2018, alguns analistas apontam que Pequim pode temer que Joe Biden faça uma pressão maior na área dos direitos humanos. Questionado sobre o tema, o porta-voz chinês respondeu que seu país continua determinado a defender "sua soberania, sua segurança e seu desenvolvimento". "Esperamos que a próxima administração americana dê mostras de uma vontade de conciliação", declarou.

Rússia e o respeito ao povo americano 

O Kremlin informou nesta segunda-feira que Vladimir Putin espera o anúncio do resultado oficial da eleição presidencial nos Estados Unidos para felicitar o vencedor. 

"Consideramos que é correto esperar os resultados oficiais das eleições. Quero recordar que o presidente Putin disse em várias ocasiões que respeitará a escolha do povo americano", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Putin felicitou Donald Trump por sua vitória em 2016 pouco mais de uma hora depois das projeções da imprensa americana apontarem o resultado. Peskov disse que na ocasião "não houve questionamento judicial" do resultado.

Ao contrário da maioria dos países do mundo, China e Rússia, assim como Brasil e México, não felicitaram Biden. Donald Trump se negou a reconhecer a vitória do rival, anunciada no sábado, e denuncia, sem apresentar provas, fraude a favor do democrata. Ele promete recorrer à justiça.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895