China nega suspeitas de espionagem da Airbus

China nega suspeitas de espionagem da Airbus

Ataques cibernéticos teriam objetivo de descobrir segredos comerciais

AFP

Fontes apontam para envolvimento do país com cooperação dos EUA

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O governo chinês desmentiu nesta sexta-feira as suspeitas que envolvem o país em um caso de espionagem dos fornecedores da empresa aeroespacial Airbus, como revelou na quinta-feira a AFP. "Posso garantir que a China defende com veemência a segurança das redes e se opõe a qualquer forma de ciberataque", declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.

"Ultimamente, vários artigos citaram ciberataques. Nos textos, sem nenhuma prova, desejam culpar a China e sujar sua imagem", disse o porta-voz. "Isto não é profissional nem responsável", completou. A Airbus foi objeto nos últimos meses de ataques de hackers que tiveram como alvo seus fornecedores e desejavam obter segredos comerciais, concluiu uma investigação da AFP com base em fontes das forças de segurança que falaram na condição de anonimato.

Várias fontes mencionaram um grupo chamado APT10, relacionado, segundo o governo dos Estados Unidos, com o serviço de inteligência chinês nos âmbitos militar e de inteligência econômica.

Algumas fontes afirmaram que os hackers desejavam documentos técnicos de certificação, provas oficiais que garantem que todas as partes de um avião cumprem os requisitos de segurança. A China tenta há vários anos estabelecer o seu primeiro avião de médio alcance, o C919, mas não consegue os certificados de segurança necessários.


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