Colômbia desmantela rede que enviou droga em ônibus acidentado no Equador

Colômbia desmantela rede que enviou droga em ônibus acidentado no Equador

Promotoria anunciou captura de seis pessoas que supostamente faziam parte da organização "Los Mercaderes de la Frontera"

AFP

Acidente com ônibus deixou 23 mortos

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A Promotoria da Colômbia desmantelou uma rede mafiosa assinalada de ter enviado o carregamento com mais de meia tonelada de maconha que foi detectada em um ônibus turístico acidentado na terça-feira no Equador, deixando 23 mortos. Em um comunicado divulgado neste domingo, o organismo anunciou a captura neste final de semana de três homens e três mulheres que supostamente faziam parte da organização "Los Mercaderes de la Frontera".

As prisões ocorreram durante uma operação na cidade de Ibagué (centro), de onde organizavam o tráfico de drogas para Equador e Chile por ônibus que aparentemente prestavam serviços turísticos. O grupo "está relacionado com o carregamento de mais de meia tonelada de maconha encontrada no ônibus", detalhou a Promotoria.

Os dois países trabalham na investigação da tragédia que aconteceu a 30 quilômetros de Quito e na qual faleceram ao menos 15 colombianos, além de um número a ser determinado de venezuelanos. Outros 22 ocupantes ficaram feridos. O acidente revelou uma nova modalidade de contrabando de droga que consistia em "camuflar carregamentos (...) em ônibus que aparentemente eram de serviço turístico", acrescentou a Promotoria.

Os promotores determinaram que o ônibus foi carregado com a maconha em Cali, antes de ir ao Equador. Contudo, os controles policiais o obrigaram a mudar de rota e no novo trajeto teve um "problema técnico". Familiares assinalaram à imprensa que algumas vítimas foram enganadas com a oferta de uma viagem gratuita para o Equador.

O Ministério de Transportes da Colômbia esclareceu que, embora o ônibus tivesse sua certificação "técnico-mecânica em dia", não tinha autorização para prestar serviço de turismo internacional. O presidente do Equador, Lenín Moreno, por sua vez, denunciou "graves erros no controle de entrada e trânsito do ônibus", pelos quais ordenou a demissão de dois responsáveis de trânsito e "de toda a cadeia de comando que não exerceu o devido controle".

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