Colômbia reduz pena para narcotraficantes que se entregarem

Colômbia reduz pena para narcotraficantes que se entregarem

Iniciativa prevê que criminosos indenizem vítimas, entreguem bens e denunciem esquemas do tráfico

AFP

Colômbia reduz pena para narcotraficantes que se entregarem

publicidade

O Congresso da Colômbia aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que inclui a redução de penas para grupos de narcotraficantes que se entregarem às autoridades e confessarem seus delitos, desde que não tenham cometido crimes contra a humanidade. A iniciativa prevê que os criminosos indenizem suas vítimas, entreguem seus bens e denunciem os esquemas do narcotráfico. O projeto se aplica a todas as organizações envolvidas com o tráfico de drogas no país, incluindo dissidências das Farc, a guerrilha que firmou a paz em 2016.

O ministério da Justiça explicou que os integrantes de grupos armados que "colaborarem com as autoridades terão direito à redução de 50% da pena". O senador Roy Barreras destacou que o projeto não prevê o reconhecimento político ou isenta de extradição. "Conseguimos aprovar o projeto que permitirá que grupos criminais como o Clã do Golfo se submetam de forma coletiva", disse à AFP o senador Barreras, do governista Partido da U.

O Clã do Golfo é liderado por Dairo Antonio Úsuga, conhecido por Otoniel, o homem mais procurado da Colômbia. Em 2017, o grupo de narcotraficantes surgido de remanescentes dos paramilitares desmobilizados em 2006 manifestou sua disposição de se submeter à Justiça.

A organização criminosa que desejar se beneficiar da nova lei deverá manifestar sua decisão por escrito ao governo, com "informação precisa sobre sua estrutura e condutas delitivas", destaca o comunicado oficial. O presidente Juan Manuel Santos espera conseguir que o Clã do Golfo e os dissidentes das Farc se entreguem de forma coletiva. As dissidências estão compostas principalmente por ex-guerrilheiros que rejeitaram o pacto firmado entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo, em Havana, que desarmou 7 mil combatentes.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895