Combustível é racionado e deslocamentos são restritos no Canadá por inundações

Combustível é racionado e deslocamentos são restritos no Canadá por inundações

Chuvas torrenciais provocaram deslizamentos de terra e inundações que destruíram estradas e infraestruturas

AFP

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Autoridades da Columbia Britânica, província do oeste do Canadá afetada por graves inundações nos últimos dias, anunciaram nesta sexta-feira (19) restrições de acesso ao combustível nas áreas que se encontram inundadas. Os motivos são as dificuldades de abastecimento.

As chuvas torrenciais que castigaram o sudoeste da Columbia Britânica no domingo e na segunda-feira provocaram deslizamentos de terra e inundações que destruíram estradas e infraestruturas. O oleoduto Trans Mountain foi fechado temporariamente.

"Pedimos às pessoas que limitem o consumo de combustível e as viagens de carro neste momento", disse durante coletiva de imprensa Mike Farnworth, ministro de Segurança Pública da província. Particulares não poderão mais comprar mais do que 30 litros de combustível nos postos de gasolina.

As medidas ajudarão a manter "o tráfego comercial e estabilizar as cadeias de abastecimento", bem como aos evacuados voltarem para suas casas, segundo as autoridades. Além disso, "pedimos às pessoas que não viajem para áreas gravemente afetadas por sua própria segurança, mas também para nos assegurarmos de que o combustível que temos seja destinado aos serviços de que as pessoas precisam".

As autoridades informaram que quatro pessoas continuavam desaparecidas nesta sexta na região de Pemberton, onde trabalhadores humanitários encontraram o corpo de uma mulher no começo da semana. O exército, mobilizado desde a quarta-feira, está ajudando a desbloquear as rodovias em várias áreas da província, assim como construir um novo dique em Abbotsford, cidade parcialmente inundada e onde são temidas fortes chuvas na próxima semana. Cerca de 60 soldados chegaram a Abbotsford na quinta-feira.

"Quase todas as bases militares do país estão em alerta e prontas para mobilizar equipes se for necessário", disse à AFP Pamela Hogan, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional. "Os membros das Forças Armadas Canadenses vão colaborar com os engenheiros civis na construção do dique", acrescentou.

Em poucos meses, esta região da costa do Pacífico canadense sofreu reiterados desastres naturais, como um episódio de calor muito intenso no fim de junho, consequência do aquecimento global, segundo os especialistas, e grandes incêndios.


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