Começa na Turquia julgamento do caso de escutas a Erdogan

Começa na Turquia julgamento do caso de escutas a Erdogan

Acusações podem levar a condenações de entre 21 e 36 anos e meio de prisão

AFP

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O julgamento de 13 policiais turcos acusados de fazerem escutas ilegais do gabinete do ex-primeiro-ministro e atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, começou nesta sexta-feira em Ancara, informou a imprensa turca. Oito dos acusados compareceram ao tribunal, já que outros cinco estão foragidos, segundo o jornal Hürriyet. As acusações de "espionagem" e "violação da vida privada" podem levar a condenações de entre 21 e 36 anos e meio de prisão, disse a agência governamental Anatolia.

Este processo é o primeiro do caso das escutas telefônicas que atingiram Erdogan e sua equipe há quase um ano.
Erdogan, primeiro-ministro desde 2003 e eleito chefe de Estado em agosto de 2014, esteve envolvido recentemente num escândalo de corrupção sem precedentes na Turquia. As redes sociais publicaram inúmeros elementos incriminadores, sobretudo gravações de conversas telefônicas. A investigação mostrou que o primeiro-ministro da época estava sendo submetido a escutas. Erdogan negou categoricamente qualquer acusação de corrupção e acusou os autores e os mandantes das escutas de serem ligados ao movimento do líder religioso Fethulá Gülen, acusado de ter incitado um "complô" para derrubar Erdogan.

No início do caso, Erdogan prometeu acabar com o movimento de Gülen, eleito "inimigo público número 1". A caça às bruxas levou a uma série de prisões e sanções contra a polícia e o judiciário que, segundo o atual presidente, "formaram um estado paralelo". Após a mudança de procuradores e juízes, os os processos judiciais contra Erdogan foram arquivados.

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