Confrontos em Charlottesville deixam pelo menos três mortos

Confrontos em Charlottesville deixam pelo menos três mortos

Virgínia declarou estado de emergência devido a tumultos em protesto de nacionalistas

AFP

Confrontos em Charlottesville deixam pelo menos três mortos

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O número de mortos na violenta manifestação de membros da extrema-direita neste sábado em Charlottesville, Virginia, aumentou para três, de acordo com o funcionário da prefeitura, Maurice Jones. Os confrontos entre simpatizantes da direita radical e grupos antirracistas deixaram pelo menos 35 feridos.

“Teve gente que veio causar o caos e problemas que resultaram em três casos fatais aqui na cidade”, disse Jones, em entrevista coletiva. A primeira vítima confirmada foi uma mulher de 32 anos. Os outros dois estariam em um helicóptero que caiu na região – queda, essa, que estaria relacionada aos eventos.

O governador da Virginía, Terry McAuliffe, declarou estado de emergência por causa dos tumultos. No meio do confronto, um motorista investiu seu carro contra uma multidão. Ele foi preso, segundo a prefeitura.

Os grupos da direita radical, entre os quais a Ku Klux Klan e neonazistas, queriam denunciar e se opor ao projeto de Charlottesville de retirar de um espaço municipal a estátua do general confederado Robert E. Lee, que lutou a favor da escravidão durante a Guerra Civil americana.

“Este evento poderia ser uma vitrine histórica do ódio, reunindo, em um só local, um número de extremistas inédito em uma década”, advertiu Oren Segal, diretor do Centro sobre Extremismo da Liga Antidifamação, associação que luta contra o antissemitismo. A direita nacionalista esperava atrair bastante seguidores graças à presença de membros do movimento Alt-Right, que apoiou Trump durante sua campanha.

Paul Ryan, líder republicano no Congresso, denunciou a reunião da extrema direita como "um espetáculo repugnante, baseado em uma intolerância vil".


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