Criança morre em reduto rebelde apesar da trégua em Ghuta Oriental
Moradores da região afirmaram que trégua humanitária é ineficaz e uma farsa
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Vários ataques aéreos contra Ghuta Oriental e lançamentos de foguetes a partir deste reduto rebelde foram registrados nesta terça-feira, apesar da trégua humanitária. "O regime sírio realizou a partir das 9h (4h de Brasília) um total de nove ataques, incluindo seis obuses de artilharia, dois barris de explosivos e um ataque aéreo", afirmou Rahman. A agência oficial Sana informou que foguetes foram lançados pelos rebeldes contra os corredores humanitários perto de Al-Rafidain para impedir a saída dos civis da região.
A trégua humanitária diária de cinco horas foi decidida pela Rússia na Síria, em em particular no reduto rebelde de Ghuta Oriental, área sitiada pelo exército governamental e submetida a intensos bombardeios que mataram mais de 560 civis em nove dias. Pouco antes do início da trégua, foram ouvidos disparos de artilharia, segundo o OSDH.
A pausa humanitária deve ser aplicada das 9h00 às 14h locais (4h às 9h, horário de Brasília). Também serão criados "corredores humanitários" para permitir a retirada dos civis, conforme anunciou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu. O anúncio da Rússia e a suspensão parcial dos bombardeios aconteceram depois que a ONU e várias potências ocidentais exigiram a aplicação imediata de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pedia uma trégua de 30 dias em todo território sírio.
Puro teatro
Para os moradores de Ghuta Oriental, último reduto rebelde nas proximidades de Damasco, a trégua é puro teatro. "Esta trégua é uma farsa. A Rússia nos mata diariamente e nos bombardeia todos os dias", afirmou o morador da cidade de Duma, Samer al-Buydani. "Não tenho confiança para sair com minha família de Ghuta Oriental através dos corredores humanitários", disse. "Se aceitar que tenho que sair, serei colocado imediatamente no exército para lutar contra outros sírios", afirmou Al-Buydani.