Declaração do G7 sobre Hong Kong gera desconforto na China

Declaração do G7 sobre Hong Kong gera desconforto na China

País asiático pediu que cúpula deixasse de projetar "atividades ilegais"

AFP

Declaração sino-britânica prevê que China evite violência em Hong Kong

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A China expressou nesta terça-feira o "extremo descontentamento" com a declaração do G7 que fez um apelo para evitar a violência em Hong Kong, após mais de dois meses de manifestações que pedem democracia.

A situação na ex-colônia britânica é um assunto interno da China e "nenhum Estado, organização ou indivíduo tem o direito de interferir", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang. "Expressamos nosso extremo descontentamento e nossa oposição resoluta à declaração dos dirigentes do G7 a respeito dos assuntos de Hong Kong", declarou Geng.

A China pede aos membros do G7 que "parem de interferir nos assuntos alheios e de preparar em segredo atividades ilegais", completou. O texto final da reunião do G7 celebrada em Biarritz, sudoeste da França, reafirma "a existência e a importância da declaração sino-britânica de 1984 sobre Hong Kong e pede para evitar a violência".

A declaração de 1984, prévia à devolução de Hong Kong à China em 1997, garante por 50 anos um estatuto de autonomia para a ex-colônia britânica, estabelecido no princípio "um país, dois sistemas". Geng considera que a declaração de 1984 "confirma que a China restabelecerá sua soberania em Hong Kong", território que foi cedido ao Reino Unido no século XIX.


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