"Doleiro dos doleiros", Bruno Farina desembarca no Brasil neste sábado

"Doleiro dos doleiros", Bruno Farina desembarca no Brasil neste sábado

Bruno Farina foi entregue pelas autoridades paraguaias às brasileiras em Foz do Iguaçu

R7

Farina é investigado pela operação Lava Jato e integrava lista da Interpol

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Conhecido como o doleiro dos doleiros e preso por lavagem de dinheiro, Bruno Farina foi extraditado na manhã deste sábado no Paraguai e deve desembarcar no mesmo dia no Brasil, em um avião Cesna 208-B, da Polícia Federal. O suspeito foi preso na última quarta-feira no Paraguai.

Acompanhado de agentes federais brasileiros e de integrantes da polícia paraguaia, Farina deixou o Aeroporto Silvio Pettirossi às 7h do horário local, sob a supervisão do Fiscal para Assuntos Internacionais do Paraguai Manuel Doldan Breuer, encarregado do procedimento de extradição. Informações não confirmadas por autoridades apontam que Farina fará escala em Foz do Iguaçu e seguirá para São Paulo, e não ao Rio de Janeiro, como incialmente era esperado.

A velocidade com que o processo de extradição foi concluído é atribuído à participação direta do fiscal-Geral do Estado, Sandra Quiñonez Astirraga, considera linha dura no combate à corrupção e ao crime organizado no País. Entre a captura, emissão da sentença e o cumprimento efetivo da extradição de Farina se passaram 59 horas. Ele foi preso às 20h35 de quarta-feira última e decolou às 6h57 desta manhã.

O doleiro foi preso na casa da sogra, onde passava o Natal com a família no luxuoso condomínio Paraná Country Club, em Hernandarias, nas proximidades de Ciudad del Este, no Paraguai. Ele foi levado até Assunção e submetido à audiência na corte penal paraguaia, onde seria decidida a forma de extradição a ser adotada, se voluntária ou se litigiosa.

Farina optou pela extradição voluntária ou simplificada, que é contemplada no Tratado Multilateral do Mercosul, pelo qual presos sujeitos a extradição devem ser consultados sobre sua vontade de deixar o país onde foram presos ou permanecer nele. Caso se manifeste de acordo com a saída do país, a extradição ocorre em poucos dias. Caso contrário, seria iniciado um processo que poderia levar até três anos de duração.

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