"Doleiro dos doleiros", Bruno Farina desembarca no Brasil neste sábado
Bruno Farina foi entregue pelas autoridades paraguaias às brasileiras em Foz do Iguaçu
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Acompanhado de agentes federais brasileiros e de integrantes da polícia paraguaia, Farina deixou o Aeroporto Silvio Pettirossi às 7h do horário local, sob a supervisão do Fiscal para Assuntos Internacionais do Paraguai Manuel Doldan Breuer, encarregado do procedimento de extradição. Informações não confirmadas por autoridades apontam que Farina fará escala em Foz do Iguaçu e seguirá para São Paulo, e não ao Rio de Janeiro, como incialmente era esperado.
A velocidade com que o processo de extradição foi concluído é atribuído à participação direta do fiscal-Geral do Estado, Sandra Quiñonez Astirraga, considera linha dura no combate à corrupção e ao crime organizado no País. Entre a captura, emissão da sentença e o cumprimento efetivo da extradição de Farina se passaram 59 horas. Ele foi preso às 20h35 de quarta-feira última e decolou às 6h57 desta manhã.
O doleiro foi preso na casa da sogra, onde passava o Natal com a família no luxuoso condomínio Paraná Country Club, em Hernandarias, nas proximidades de Ciudad del Este, no Paraguai. Ele foi levado até Assunção e submetido à audiência na corte penal paraguaia, onde seria decidida a forma de extradição a ser adotada, se voluntária ou se litigiosa.
Farina optou pela extradição voluntária ou simplificada, que é contemplada no Tratado Multilateral do Mercosul, pelo qual presos sujeitos a extradição devem ser consultados sobre sua vontade de deixar o país onde foram presos ou permanecer nele. Caso se manifeste de acordo com a saída do país, a extradição ocorre em poucos dias. Caso contrário, seria iniciado um processo que poderia levar até três anos de duração.