EI expulsa forças apoiadas pelos EUA de seu último reduto no leste da Síria
Grupo extremista contra-atacou ofensiva iniciada em setembro para retirá-lo da região
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As FDS, apoiadas pela coalizão internacional anti-EI dirigida por Washington, iniciaram em 10 de setembro a última etapa de uma ofensiva destinada a acabar com a presença do grupo extremista em seu último reduto na província de Deir Ezor. As FDS começaram ganhando terreno, mas na semana passada a situação se tornou complicada, entre outras coisas porque uma tempestade de areia dificultou a cobertura aérea durante os combates em terra.
Na sexta-feira, o EI executou vários contra-ataques que obrigaram as FDS a abandonar todas as posições que haviam ocupado. "Com seus contra-ataques entre sexta-feira à noite e a madrugada de domingo, o EI arrebatou das FDS todas as posições conquistadas no reduto de Hajin", afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
De acordo com a ONG, 72 combatentes das FDS morreram nos ataques executados com cinturões de explosivos e carros-bomba. O OSDH citou 24 jihadistas mortos. Ao contrário do EI, "nossas forças não conhecem a região e não podem deslocar-se em condições de visibilidade nula", justificou o comandante da FDS. "Enviamos reforços militares e armas pesadas à frente e algumas unidades foram substituídas por outras mais experientes. Vamos iniciar uma nova campanha militar quando os reforços chegarem", acrescentou.
Desde 10 de setembro, os combates provocaram quase 500 mortos entre os extremistas e 300 nas FDS, segundo o OSDH. O EI conquistou em 2014 amplas zonas do território sírio, mas perdeu quase tudo. Desde 2011, a guerra na Síria deixou mais de 360 mil mortos e obrigou quase metade da população a fugir de suas casas.