Quatro criminosos realizaram um audacioso e rápido assalto ao Museu do Louvre, em Paris, no domingo, roubando nove peças da coleção real de joias "da Coroa". O crime ocorreu em plena luz do dia, por volta das 09h30in, utilizando um guindaste para acessar a famosa Galeria de Apolo, segundo fontes policiais.
A ação, que durou poucos minutos, carrega a marca do crime organizado e reacendeu o debate sobre a segurança nos museus franceses.
O Modus Operandi
A ousadia e a rapidez foram as características do assalto. Uma testemunha ocular relatou à emissora TF1 que tudo aconteceu em apenas 30 segundos. O roubo foi cronometrado pela polícia da seguinte forma:
Cronologia do Assalto
- 09h30 (Local): Quatro ladrões chegam ao cais François Mitterrand, em frente ao rio Sena, sob as janelas do museu.
- Dois chegam em um caminhão guindaste (um com colete amarelo e outro alaranjado).
- Dois chegam em motocicletas potentes (mais de 400 cilindradas).
- O museu estava aberto e já recebia visitantes há meia hora.
- Acesso e Invasão: O guindaste é erguido até o primeiro andar do Louvre. Dois ladrões quebram a janela da Galeria de Apolo usando uma serra radial e entram na sala.
- O Roubo: Dentro da galeria, os ladrões, com rostos cobertos, usam a serra radial para quebrar duas vitrines: uma contendo joias de Napoleão e outra com joias de monarcas franceses. Eles roubam nove peças, todas datadas do século XIX.
- Reação da Segurança: Ao notar a invasão, o pessoal de segurança tenta aplicar o "protocolo de segurança" e ordena a evacuação.
- 09h37: Um alarme é ativado. Os ladrões saem pela mesma janela e descem com o guindaste.
- 09h38: Os quatro criminosos fogem em alta velocidade nas motocicletas.
Consequências e peças roubadas
Os agentes de segurança não conseguiram impedir a fuga e cerca de duas mil pessoas foram evacuadas do local. Não houve feridos, mas o museu do Louvre, que recebe quase nove milhões de visitantes por ano, foi imediatamente fechado e só deve reabrir na quarta-feira.
As autoridades encontraram no local ferramentas como duas serras radiais, um maçarico, gasolina, luvas e um walkie-talkie. Uma das peças de maior valor, a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, foi deixada para trás, mas seu estado está sendo examinado.
Os criminosos levaram, no entanto, oito peças de "valor patrimonial inestimável". Um colete amarelo foi encontrado a aproximadamente 2 km do local. A notícia do roubo deu a volta ao mundo e gerou críticas sobre a segurança de patrimônios históricos em Paris.