Equador cogita mediação para resolver situação "insustentável" de Assange
Fundador do WikiLeaks está desde 2012 na embaixada equatoriana em Londres por supostos crimes sexuais
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"Estamos considerando também e explorando a possibilidade de uma mediação. Pode ser de um terceiro país ou de uma personalidade", anunciou nesta terça-feira a chanceler María Fernanda Espinosa. "Nenhuma solução será conseguida sem a cooperação internacional e sem a cooperação do Reino Unido, que se mostrou interessado em buscar uma saída", acrescentou sem dar mais detalhes, durante um café da manhã com correspondentes estrangeiros.
O fundador do WikiLeaks está desde 2012 na embaixada equatoriana em Londres para evitar ser extraditado à Suécia por supostos crimes sexuais, que ele nega.
A procuradoria sueca arquivou a investigação, mas Assange teme ser preso se deixar a sede da missão diplomática para ser extraditado para os Estados Unidos e julgado pela publicação no WikiLeaks de segredos militares e documentos diplomáticos americanos em 2010. Desde que lhe concedeu o asilo, Quito espera que as autoridades britânicas lhe entreguem um salvo-conduto para que ele possa sair do Reino Unido.
A chanceler equatoriana assegurou que a situação de Assange "do ponto de vista humano não é sustentável". "Uma pessoa não pode viver nessas condições para sempre, e estamos buscando de maneira muito respeitosa com o Reino Unido mecanismos de solução", garantiu.